Lançamento do 1º Satélite Angolano” ANGOSAT” no Cazaquistão

Lançamento do 1º Satélite Angolano” ANGOSAT” no Cazaquistão

O lançamento do primeiro satélite angolano, Angosat, acontece esta Terça-feira 26 no Cazaquistão, para entrar em período de teste entre dois a três meses, anunciou recentemente o ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação de Angola que já se encontra no Kazaquistão.

A Televisão Pública de Angola (TPA) e a TV Zimbo estão a criar as condições técnicas para transmitirem em directo, às 19 horas da próxima terça-feira, a partir da base de Baikonur, no Cazaquistão, a cerimónia de lançamento em órbita do Angosat, primeiro satélite angolano construído pela Rússia.

O satélite entra em órbita pelas 19 horas, depois de concluída a sua fase de integração no módulo lançador e vai ser feito por meio do foguete transportador Ucraniano Zenit.

O ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação explicou que, apesar de o acto de lançamento estar previsto para 26 de Dezembro, há uma margem de erro de até 48 horas. O responsável acentuou que há uma janela de tolerância para o lançamento do satélite angolano, que vai até 28 de Dezembro, última data admitida para o efeito.
Após o acto de lançamento, o satélite vai levar sete horas entrar em órbita e depois será submetido a testes, entre dois e três meses. Findo este período, o equipamento vai estar apto para ser usado, até completar os 15 anos previstos de vida útil.
José Carvalho da Rocha referiu que o Angosat é só uma “peça no xadrez”de infra-estruturas de telecomunicações do país, que se vai juntar aos 20 mil quilómetros de fibra óptica já existentes.

As expectativas são de populares que falaram ao microfone Ecclesia sobre o significado do ANGOSAT 1 para o desenvolvimento do país. 

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A Marginal de Luanda foi escolhida para o acompanhamento do lançamento em orbita do ANGOSAT com direito a fogo de artifício, conforme adiantam

O ministro disse ainda que depois dos testes o Angosat 1, um investimento do Estado angolano de 320 milhões de dólares, vai estar disponível para comercialização. “Neste momento, já temos reservada cerca de 40 por cento da capacidade do Angosat e nós vamos continuar a fazer o ‘marketing’ para continuarmos a aumentar essa reserva”, disse o ministro.

José Carvalho da Rocha referiu que o Estado prevê recuperar este investimento em pelo menos dois anos, para poder continuar a produzir outros satélites. “As nossas operadoras, todas elas juntas, para poderem prestar o serviço de telefonia móvel e outros, alugam elemento espacial em outros satélites, que dominam essa nossa região. E todas elas juntas gastam em média por mês entre 15 a 20 milhões de dólares ”, salientou.

O ministro estimou que para a recuperação do investimento, olhando a valores mínimos de 15 milhões de dólares norte-americanos, dois anos são suficientes para atingir a meta preconizada.

O Angosat 1 foi construído por um consórcio estatal russo e o seu lançamento será feito com recurso ao foguete ucraniano Zenit-3SLB, envolvendo ainda a Roscosmos, empresa estatal espacial da Rússia.