A directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, visita Angola em Dezembro próximo para discutir com as autoridades angolanas os programas a serem implementados com o apoio desta instituição de Bretton Woods, anunciou nesta quinta-feira, em Berlim, o Chefe de Estado angolano, João Lourenço.
Falando em entrevista exclusiva à Deutsch Welle (DW), o presidente João Lourenço disse que irá analisar com Christine Lagarde assuntos ligados a projectos e programas a serem financiados pela instituição monetária que dirige.
O Chefe de Estado fez este anúncio ao confirmar àquele órgão de informação a aceitação por parte do FMI do pedido de assistência financeira solicitado pelo Governo.
A uma pergunta da DW sobre as razões desta solicitação por parte do Governo angolano, João Lourenço considerou normal este financiamento que o FMI concordou em desbloquear, pois Angola é um membro contribuinte que tem direitos consagrados por aquela instituição financeira.
“É uma assistência normal. Não se trata de um resgate como aconteceu com Portugal e a Grécia”, disse o Chefe de Estado angolano.
Sobre o futuro das relações do Governo angolano com o FMI, João Lourenço disse esperar a “consolidação do casamento” entre as duas partes, a partir das conversações que serão realizadas em Outubro próximo.
Num comunicado divulgado essa semana pelo Ministério das Finanças (Angola), relativo à missão de 14 dias que a organização de Bretton Woods efectuou ao país, foi indicado que o Executivo angolano “solicitou o ajustamento do programa de apoio do FMI, adicionando-se uma componente de financiamento”.
O FMI confirmou na última terça-feira (21) que recebeu um pedido do Governo angolano para o início de discussões de um programa económico financiado ao abrigo do Programa de Financiamento Ampliado (Extended Fund Facility).
Fonte: Angop