De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Carlos Alberto Jaime Pinto, a iniciativa, que conta com apoio financeiro do Banco Mundial (BM) e da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), vai permitir o aumento da produtividade, o acesso aos mercados, apoiar a diversificação da economia, ajudar a gerar receitas e a promover o surgimento de um agronegócio sustentável.
A primeira fase poderá abarcar as zonas com potencial agrícola das cadeias de valor das províncias de Malanje, Cuanza Norte e Cuanza Sul, enquanto a segunda compreenderá as províncias do Huambo, Bié, Uíge, Bengo, Benguela, Luanda e Huíla.
Os critérios de selecção foram a maior concentração de agricultura comercial, condições agro-climáticas favoráveis ao cultivo do café, milho, soja, feijão e outros produtos, como amendoim, frutas e vegetais, assim como a criação de aves e gado.
Por outro lado, o acesso ao mercado e a proximidade à infra-estrutura de apoio à actividade agrícola, fundamentalmente, água, transporte e energia.
O projecto terá quatro componentes, sendo a primeira o desenvolvimento do agronegócio, avaliado em 80 milhões de dólares, divididas em 55 milhões de dólares para apoio à produção e comercialização agrícola e 25 milhões de dólares para apoio as garantias parciais de crédito.
A segunda está voltada para o desenvolvimento e melhoria das infra-estruturas, avaliado em 100 milhões de dólares, particularmente na melhoria de estradas rurais, canais de irrigação e de energia da rede pública.
O terceiro eixo está ligado à melhoria do ambiente de negócio e fortalecimento institucional, avaliado em 35 milhões de dólares e por último a componente quatro sobre gestão, monitoria e avaliação do projecto, avaliado em 15 milhões de dólares.
Por seu turno o presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, disse que o projecto é bem-vindo e a par da importância dos produtos alimentares deve-se privilegiar a produção de produtos tradicionais regionais, como o algodão, a agricultura familiar e outras áreas que concorrem para o sucesso do mesmo.
Com mais de 35 milhões de terras aráveis disponíveis, o sector agrícola preparou, para campanha agrícola 2018/2019, mais de cinco milhões de hectares em todo o país para o sector empresarial e familiar, com vista a produzir cereais, tubérculos, frutas, vegetais e oleaginosa, visando reduzir as importações.
A perspectiva é produzir mais de 21 milhões de toneladas de produtos agrícolas diversos, com destaque para cereais e tubérculos.