Apesar de o Produto Interno Bruto (PIB) do país ter aumentado mais de 400 por cento nos últimos seis anos, os angolanos não estão a assistir a uma melhoria de vida proporcional a este aumento, afirmou a HRW no seu trabalho "Transparency and Accountability in Angola: Un Update", apresentado em Washington.
No entender do relator, o Governo de José Eduardo dos Santos apenas tomou algumas medidas para aumentar a transparência depois de em 2004 a organização ter dito que milhares de milhões de dólares provenientes da exploração do petróleo estavam a passar ilegalmente à margem do Banco Nacional de Angola (BNA) e a desaparecer sem qualquer explicação.
Segundo este estudo, um acordo celebrado recentemente com o Fundo Monetário Internacional (FMI), depois de se ter desenvolvido a crise financeira global e verificado a queda do preço do petróleo, oferece alguma esperança de que haja melhorias, caso as suas cláusulas sejam cumpridas.
As autoridades angolanas já melhoraram a publicação de dados relativos às receitas de petróleo, mas os indicadores humanos do país continuam a ser desastrosos e não têm correspondido de forma alguma ao rápido crescimento da riqueza nacional. Angola é agora o maior produtor de petróleo da África Subsariana, tendo ultrapassado a Nigéria. Mas o acesso de milhões de angolanos aos serviços básicos de assistência social é ainda muito limitado.
O maior dos territórios africanos de língua oficial portuguesa ocupa a posição 143 entre um conjunto de 182 países referidos no Índice de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
O director do Programa de Negócios e Direitos Humanos da Human Rights Watch Arvind Ganeshan diz que o combate a corrupção em Angola pode não ser credível.
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Organização de defesa dos Direitos Humanos / Human Rights Watch diz que o Governo de Angola ainda não fez o suficiente para combater a corrupção e a má gestão generalizadas.