O governador do Banco Nacional de Angola, José Massano, afirmou quarta-feira, em Luanda, que até finais de Março último, a taxa de inflação registada no país foi de 14.76 contra 15.31 registada em Dezembro de 2010.
Ao falar durante uma conferência de imprensa organizada pelo Executivo angolano para analisar as actividades desenvolvidas no primeiro trimestre do ano em curso, José Massano referiu que com esta cifra se confirmou a tendência que se vinha verificando deste Novembro de 2010.
O governador do BNA, afirmou que existem ainda factores de natureza estrutural na economia angolana que condicionam a oferta de bens e serviços na dimensão que procura os mais diversos agentes económicos, cidadãos e aqueles que residem no país.
Referiu que, este exercício é o que tem sido preocupação do Governo, será superado com um conjunto de acções já em curso que visam a melhoria das infra-estruturas capazes de promoverem a capacidade produtiva do país e que com maior celeridade a procura de bens e serviços que possa acontecer originando um maior equilíbrio entre a oferta de meios de pagamento e os produtos que são colocados.
"Temos estado a conduzir uma política monetária que é rigorosa, mas com prudência e com este sentido primeiro da estabilidade, esta, possa de facto promover o desenvolvimento da economia", afirmou.
A respeito, adiantou que o Executivo iniciou o ano passado a redução das taxas de referências, introduziu uma facilidade permanente de liquidez que está neste momento em 16.5 porcento, para facilitar que necessidades pontuais dos operadores financeiros possam ser saneadas sem sentido penalizado.
Iniciou igualmente em Novembro a redução de forma acentuada das taxas dos Títulos Públicos quer dos Bilhetes de Tesouro como do banco central, sublinhou.
"E continuamos a fazer este exercício de melhoria do instrumento de política monetária para que a transmissão das nossas orientações de política possam ser mais rapidamente sentidas na economia", disse.
De acordo com José Massano, as taxas de juro continuam a um nível que o Executivo entende ser no momento alto, para aquilo que são os objectivos do Governo.
No entanto, adiantou, o Executivo entende haver condições para continuar o trabalho, referindo que "temos que ser cercados pela capacidade das infra-estruturas, para que a produção possa acontecer, e para isso, há um trabalho que está a ser efeito pelo Banco Nacional ligado a redução de alguns entraves que podem condicionar o normal funcionamento da vida económica.