A adesão dos eleitores às assembleias de voto para a eleição do Presidente da República, Vice-Presidente da República e dos deputados foi considerável e marcada por um nível de organização elevado que garantiu celeridade no processo.
Em quase todas as assembleias de voto do município sede (Cabinda) e demais municípios do interior da província onde esteve a equipa de reportagem do Jornal de Angola o processo de votação foi calmo.
A ansiedade em votar e de querer ser um dos primeiro eleitores a pintar o dedo indicador com a tinta indelével era a preocupação de muitos cidadãos eleitores que desde as 7 horas da manhã fizeram filas para exercer o seu direito de cidadania nas assembleias de voto. Em Cabinda a Ecclésia soube que foram instaladas 165 assembleias de voto nos quatro municípios, sendo o município sede com 85 assembleias, 496 mesas de voto, distribuídas pelos quatro municípios. O número de agentes é 2.815, entre comissários eleitorais, agentes de mesa das assembleias e delegados de listas que garantiram o andamento do processo de votação em toda extensão daquela província mais ao norte de Angola.
O presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tome Príncipe, Dom Gabriel Mbilingui, considerou que a população correspondeu as expectativas ao exercer o seu direito de forma pacífica e calma, cumprindo com o dever patriótico.
Por seu turno, o bispo da Diocese de Cabinda, D. Filomeno do Nascimento Viera Dias, manifestou a sua satisfação pela organização do processo. Disse estar satisfeito pela forma como decorreu o processo de votação.
Quanto ao comportamento cívico, tranquilo, democrático e patriótico demonstrado pelos eleitores angolanos que foram às urnas pela terceira vez, uma atitude já sublinhada e admirada por muitos, bem como a organização exibida pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE).
Destaca-se, a organização verificada nos locais de voto, como por exemplo a presença de agentes eleitorais, logo à entrada das assembleias, com equipamentos para ajudar os eleitores a conhecer as suas assembleias e mesas de voto, página do caderno eleitoral e o número de ordem.
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, exerceu o seu direito de voto na Assembleia número 014, constituída no colégio Yara Jandira, à Cidade Alta, próximo ao Palácio Presidencial, no distrito urbano da Ingombota, em Luanda.
O estadista angolano manifestou-se bastante satisfeito, porque o processo decorria normalmente em todo território nacional. "Os angolanos estão a exercer o seu direito de voto com consciência, tranquilidade e serenidade, em todo território nacional", asseverou.
A Ecclesia seguiu de perto o processo de votação de todos os cabeças de listas dos partidos concorrentes às eleições, numa mega transmissão que começou por volta das 6 h da manhã.
A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) felicitou o povo angolano por dar ao mundo um exemplo de civismo no acto de votação que decorreu hoje em todo o território nacional, tendo exercido o seu direito de cidadania e participado de forma ordeira e consciente, num processo que visou consolidar a democracia.
A felicitação foi manifestada pelo presidente da instituição, André da Silva Neto, que fez, esta sexta-feira, um pronunciamento à nação sobre a forma como decorreu o processo de votação.
No início da noite desta sexta-feira dia 31 de Agosto, o Bureau Político do MPLA considerou, em Luanda, que o povo angolano demonstrou, mais uma vez, a África e ao mundo, a sua maturidade e responsabilidade política, dando ao acto eleitoral a dimensão que o processo democrático angolano merece.
Segundo uma declaração deste órgão, lida pelo Secretário para a Informação do MPLA, Rui Falcão Pinto de Andrade, o partido fez da sua campanha eleitoral um momento de festa e de elevado sentido democrático.
Enquanto isso, a comandante provincial de Luanda da Polícia Nacional (PN), Elizabeth Rank Franque, que falava a TPA, enalteceu a forma ordeira e cívica como a população participou do processo de votação, isento de quaisquer situações inquietantes que preocupassem a corporação, uma demonstração, de acordo com a comandante, de um país em franco crescimento e de maior maturidade da consciência dos cidadãos.
Quanto aos resultados parciais do escrutínio estes começam a ser publicados a partir de hoje, dia 1de Setembro e dentro de cinco dias, os resultados provinciais serão totalmente contabilizados, enquanto os resultados nacionais serão definitivamente divulgados dentro de 14 dias.