Depois do Novo Jornal ter anunciado em primeira-mão a existência de viaturas protocolar de marca Jaguar no Porto de Luanda, a noticia passou a reinar no seio dos deputados da Assembleia Nacional.
A viatura polémica esta a avaliada em 210 mil dólares norte-americano.
Ninguém quis pronunciar-se sobre o caso, quando questionados para eventuais esclarecimentos. O que é certo o assunto continua a fazer manchete em vários círculos nacionais.
O jornalista e analista político Reginaldo Silva, afirma que só um pronunciamento oficial dos órgãos directivos da Assembleia Nacional poderá decepar todas dúvidas.
Confrontando a tal realidade o porta-voz da bancada parlamentar da Unita, Raul Danda diz não acreditar que a Assembleia Nacional venha a investir muito dinheiro neste modelo de viatura. O deputado sublinha que ao ser verdade será uma subfacturação.
Já a CASA-CE, na voz de Alexandre Sebastião se o assunto, for levado em plenária o seu partido vai primar pela razoabilidade. Para o PRS, em primeiro lugar é a resolução dos problemas do povo que os elegeu. Defende Benedito Daniel.
Recorde-se que nas primeiras legislatura (1992/2008) os deputados foram contemplados com dois modelos de viaturas protocolares, nomeadamente cintroen e Audi.
Em Junho de 2010, a Assembleia Nacional renegociou com o Banco de Comércio e Indústria (BCI), uma linha de crédito no valor de 3.21 biliões de kwanzas (equivalente a 35.7 milhões de dólares) para a aquisição de 210 viaturas BMW 535i 2010.
As viaturas foram entregues aos deputados e apresentaram um custo total de 168.9 mil dólares por cada BMW. O orçamento total, de 2010, para aquisição de viaturas destinadas aos deputados, responsáveis, quadros e serviços da Assembleia Nacional, foi de 4.1 biliões de kwanzas (equivalente a 45milhões de dólares).
Após a tomada de posse, na sequência das eleições legislativas de Setembro de 2008, os deputados receberam cada um 11,2 milhões de kwanzas (equivalente a 150 mil dólares ao câmbio do dia), como fundo de instalação, para a aquisição de viatura pessoal e outros fins privados, numa despesa total de 33,9 milhões de dólares.