Os ministros da Saúde de 46 países africanos membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) começam amanhã e até sexta-feira a definir, em Luanda, as estratégias de combate às grandes endemias em África.
Os participantes vão analisar os reforços do sistema de saúde em África, a resposta e prevenção em situações de catástrofe, urgências de saúde pública, os grandes programas financiados por parceiros e os programas de saúde materno-infantil. Para os próximos cinco anos, o Executivo traçou um plano para oferecer o pacote completo dos serviços essenciais de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação em todas as unidades dos cuidados de saúde primários, além de aumentar a cobertura e a qualidade dos programas de saúde pública, principalmente a vacinação, saúde reprodutiva, doenças da infância, nutrição, Sida, malária, tuberculose, lepra, doença do sono e doenças crónicas não transmissíveis.
Segundo J.A. O Executivo pretende manter a taxa de infectados com o vírus da Sida abaixo de 1,0 por cento nos jovens dos 15 aos 24 anos e abaixo de 2,0 por cento nos adultos até 45 anos, além de reduzir a transmissão vertical do vírus da mãe para o bebé. Outro objectivo é reduzir a taxa de mortalidade nos adultos até 250 por mil pessoas e interromper definitivamente a circulação do vírus da poliomielite. O plano prevê ainda aumentar até 70 por cento o acesso ao parto assistido por profissionais de saúde qualificados, criar comités de prevenção e auditoria das mortes maternas e perinatais e assegurar a formação contínua das equipas municipais de saúde, na planificação e prestação de serviços e cuidados e na gestão financeira.
A ONU reconheceu, na semana passada, em Luanda, que Angola tem alcançado “bastantes” progressos no cumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, sobretudo no combate às grandes endemias como a Sida, malária, tuberculose, e na protecção do ambiente e redução da mortalidade infanto-juvenil.
À saída de uma audiência com o presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, a coordenadora residente da ONU em Angola, Maria do Valle Ribeiro, disse que Angola tem alcançado índices satisfatórios de desenvolvimento em vários domínios. Na região austral do continente, os países estão a coordenar esforços para o êxito dos programas do sector. Na semana passada, em Maputo, os ministros da Saúde e responsáveis pelo combate à Sida na Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral reuniram para avaliar a prevenção e o controlo de doenças, visando a redução de mortes, sobretudo prematuras, e do desconforto causado por doenças e deficiências no seio da população.
Os ministros solicitaram aos Estados membros a submeterem os seus relatórios sobre o ponto de situação das Doenças Não Transmissíveis numa base anual, à semelhança do que fazem para a malária, Sida e tuberculose. Foram aprovados padrões mínimos para prevenção, tratamento, cuidados e apoio para a Sida, tuberculose, hepatite B e C e Doenças Sexualmente Transmissíveis nas prisões localizadas na SADC.