O Governo da República de Angola fez sair um comunicado sobre a situação de guerra no Congo Democrático, que tomou outros contornos depois da ocupação de Goma pelos rebeldes do M23.
A tomada de posição do executivo angolano, vem expressa num comunicado de imprensa, distribuído ontem (quarta-feira), em Luanda, no qual adianta que o Governo da República de Angola tem estado a acompanhar, com muita preocupação, a evolução da situação no Leste do país vizinho, particularmente na região do Kivu Norte, onde as forças rebeldes, do designado M23, acabam de ocupar a cidade de Goma.
O conflito armado, que opõem o governo a rebeldes na República Democrática do Congo (RDC), dominou a audiência que o Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, concedeu hoje (quarta-feira), em Luanda, a um enviado do seu homólogo daquele país, Joseph Kabila.
Segundo Antoine Ghonda, à saída do Palácio Presidencial, à Cidade Alta, o encontro serviu para fazer o ponto de situação sobre o conflito na RDC, particularmente na sua região leste, que considerou “muito difícil”.
Comentou que o Presidente Joseph Kabila pretendeu obter conselhos do Presidente José Eduardo para a saída da crise actual, e encontrar-se uma solução definitiva.
Para o interlocutor, é volorativo o facto de Angola ter passado por uma experiência igual e actualmente implementa, com sucesso, o processo de reconciliação, que o torna um país de referência.
“É uma rebelião sustentada por países vizinhos, Rwanda e do Uganda, e, por isso, o Presidente Kabila está em Kampala, para conversar directamente com os apoiantes da rebelião”, afirmou.
Para o embaixador Antoine Ghonda, pretende-se um diálogo directo com os chefes de Estado dos referidos países, ao mesmo tempo que, em Luanda, procura apoios para uma solução política estável.
Disse reconhecer que o Presidente José Eduardo tem uma grande visão e os seus conselhos serão úteis para a paz e trazer estabilidade na RDC e na África Central.
Questionado sobre a real situação, o diploma confirmou que, efectivamente, no norte Kivu, a cidade de Goma está sob controlo dos rebeldes, com ajuda externa.