O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, conferiu posse, esta quarta-feira, os recém-nomeados inspectores-gerais adjuntos da Administração do Estado, ao chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Angolanas e ao comandante geral e segundo comandante da Polícia Nacional.
Segundo J.A. José Eduardo dos Santos, disse, na ocasião, que a recondução tanto do chefe do Estado-Maior das FAA, como da estrutura directiva do comando geral da Polícia Nacional, deveu-se ao “bom desempenho no mandato anterior e à forma exemplar como respeitaram os princípios e valores da República consagrados na Constituição”.
“Espero”, disse o Presidente da República, “que continuem a trabalhar com zelo e dedicação para servir cada vez melhor o Estado e a Nação, contribuindo assim para o reforço e eficiência dos órgãos de Defesa e Ordem Interna, e também para os Serviços de Inteligência e Segurança do Estado”.
José Eduardo dos Santos também desejou êxitos aos inspectores-gerais adjuntos da Administração do Estado, que passam a reforçar a direcção e os quadros dos serviços de inspecção. “A todos quero dizer que podem contar com o apoio de todos os membros do “Executivo”, declarou o Presidente da República.
Foram empossados Artur Mário Neinda, Pena Fernandes da Silva e Beatriz Alberto Fernandes, como inspectores-gerais adjuntos da Administração do Estado.
O Presidente da República deu posse aos reconduzidos Geraldo Sachipengo Nunda, chefe do Estado-Maior das FAA, e os adjuntos António Egídio de Sousa e Santos e Jorge de Barros.
Tomaram igualmente posse o comissário geral Ambrósio de Lemos Freire dos Santos e o comissário chefe Paulo Gaspar de Almeida, respectivamente, comandante geral e segundo comandante da Polícia Nacional.
O chefe do Estado-Maior das FAA considerou a sua recondução e dos seus adjuntos como o reconhecimento de que foi cumprido com zelo a missão de “melhorar as condições de vida das tropas e garantir a estabilidade do nosso país”.
Geraldo Sachipengo Nunda disse que o combate à imigração ilegal constitui também preocupação das FAA e prometeu cooperar com a Polícia Nacional para a realização deste objectivo e assegurar a estabilidade do país.
Crise na RDC preocupa
O chefe do Estado-Maior das FAA definiu a actual situação na República Democrática do Congo (RDC) como preocupante também para os angolanos. “Preocupa-nos, porque nós temos uma fronteira comum de mais de dois mil quilómetros e qualquer situação de instabilidade, de segurança insuficiente do outro lado, tem reflexos no nosso país”, disse Geraldo Sachipengo Nunda, realçando a necessidade de “redobrar a vigilância ao longo da fronteira”.
Para a solução do conflito da RDC, o chefe do Estado-Maior das FAA defendeu uma maior cooperação no âmbito das Nações Unidas, da União Africana, da SADC, da CEEAC e da Comissão da Região dos Grandes Lagos.
Ambrósio de Lemos falou das prioridades e das medidas que estão em curso a nível da corporação para baixar os níveis de criminalidade. “É um trabalho de continuidade. Vamos ter que redobrar esforços no sentido de garantir a ordem e tranquilidade públicas, especialmente no período de fim de ano, em que alguns índices têm a tendência de subir”, assinalou.
O comissário geral também falou da imigração ilegal e revelou que foram encomendados meios para reforçar a capacidade quer da polícia marítima, quer da polícia de fronteira. “Temos tido algumas infiltrações de imigração ilegal pela parte fluvial, que depois tiram proveito das falhas que ainda temos em termos de protecção da fronteira nacional”, disse o comissário Ambrósio de Lemos, que prometeu “dar uma resposta mais eficaz no sentido da contenção da imigração ilegal em Angola”.