Mais de 16 mil militares angolanos passaram pelos programas-quadro de Cooperação Técnico-Militar com Portugal, estabelecidos formalmente desde 1996, em projectos que vão desde a formação até à assessoria aos órgãos superiores de decisão das Forças Armadas Angolanas (FAA).
A tradicional avaliação do programa-quadro em curso, válido para o quadriénio 2011/2014, vai ser feita segunda e terça-feira em Luanda, numa reunião técnica em que Portugal estará representado pelo director geral da Política de Defesa Nacional, Nuno Pinheiro Torres.
Em cima da mesa vão estar os 10 projectos de cooperação inscritos no actual programa-quadro de Cooperação Técnico-Militar (CTM) luso-angolana.
Na componente formativa, a assistência de Portugal faz-se sentir na Escola Superior de Guerra, em Luanda, onde são formados militares angolanos e de outros países, como a África do Sul, República Democrática do Congo e Zimbabué, e também de estados de língua portuguesa, como Moçambique, Cabo Verde e Guiné-Bissau, e onde são ministrados cursos de passagem a oficial superior e de promoção a oficial-general.
Segundo Abola, a assessoria e formação de tropas especiais, de militares para integrarem missões internacionais de operações de paz e em cada um dos três ramos das FAA completam o leque de 10 projectos do programa-quadro.
No caso das operações de paz, Portugal tem vindo a apoiar Angola na criação de unidades e de quadros para as organizações sub-regionais, no âmbito da criação da chamada «African Stand-By Force», conceito que a União Africana tem vindo a desenvolver de forma descentralizada nas principais organizações sub-regionais.