A Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciou ontem em Luanda que vai divulgar em breve nomes de cidadãos de nacionalidade estrangeira que “têm exportado enormes quantidades de dinheiro”, arrecadado de actividades ilícitas, fugindo do controlo das autoridades.
O Procurador-Geral da República, João Maria de Sousa, anunciou o facto na cerimónia em que estiveram presentes os vice-procuradores-gerais, membros do Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público, procuradores-gerais adjuntos, procuradores militares e técnicos de Justiça, e afirmou que a PGR considera que estes cidadãos estrangeiros fazem branqueamento de capitais.
João Maria de Sousa alertou o Ministério Público e os seus parceiros, particularmente os órgãos da Polícia Criminal e de fiscalização nos aeroportos e nas fronteiras terrestres, para redobrarem a vigilância sobre os cidadãos estrangeiros.
O magistrado afirmou que com a criação da Direcção Nacional de Prevenção e Combate é dinamizado o combate contra as práticas de corrupção e de branqueamento de capitais. João Maria de Sousa disse que a criminalidade informática e a transnacional vão merecer igualmente atenção, por serem a “mais complexa e terem ramificações no exterior”. O Procurador-Geral da República sublinhou que para o êxito da actuação devem ser modernizados os serviços da Procuradoria-Geral da República, com a integração de técnicos de alta qualidade e competência nos domínios da Informática e de outras ciências.
De acordo com o J.A. O magistrado admitiu que a Procuradoria-Geral da República não conseguiu ultrapassar todas as dificuldades que pudessem garantir o seu melhor desempenho, como Ministério Público, com as atribuições e competências constitucionais e legais conhecidas.