O presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos, instou hoje, sexta-feira, em Luanda, os dirigentes, chefes e responsáveis, aos vários níveis, a tratarem dos assuntos de forma objectiva, na base das leis ou dos regulamentos do partido.
Discursando na abertura da VI sessão ordinária do Comité Central do MPLA, José Eduardo dos Santos disse que no exercício dos seus cargos, as questões subjectivas e pessoais não devem ser colocadas acima dos interesses gerais.
“O trabalho deve ser eficiente e útil, feito com disciplina e por aqueles que detêm os conhecimentos, habilidade ou a qualificação necessária para que se garanta com êxito a execução do plano de desenvolvimento nacional e do Orçamento Geral do Estado (OGE)”, defendeu.
Segundo Angop, José Eduardo dos Santos, “precisamos de uma política de quadros actualizada, coerente, realista e eficaz que estabeleça critérios objectivos de formação, colocação, remuneração, avaliação de desempenho e de ascensão por mérito próprio”.
Ao debruçar-se sobre as Eleições Gerais de 2012, o Presidente José Eduardo dos Santos observou que a imensa maioria dos militantes, amigos e simpatizantes do MPLA cumpriu com dedicação, espírito de sacrifício e zelo as orientações do partido.
“É preciso trabalharmos juntos e com determinação no cumprimento das nossas promessas”, sublinhou o presidente, notando que apesar de algumas falhas detectadas, os resultados eleitorais são justos.
Todavia, indicou que o MPLA vai propor medidas que permitam evitar falhas e insuficiências em futuros processos eleitorais.
Noutra vertente, José Eduardo dos Santos afirmou que o MPLA é um partido progressista e democrático, que trabalha para a construção de um Estado que prima pelo bem-estar dos angolanos.
Na mesma senda, acrescentou que o MPLA “promove e constrói a democracia política, económica, social e cultural, defende e respeita as liberdades e garantias dos cidadãos e a construção da economia de mercado, na base de uma economia mista”.
“Devemos repor com urgência o nosso sistema de formação militante e de educação política e ideológica dos quadros do partido, reajustando o programa curricular dos cursos que eram ministrados na escola do partido”, sugeriu.
Segundo o presidente do MPLA, é importante conceber e introduzir um novo modelo de formação política e patriótica no sistema de ensino, para que os alunos e estudantes conheçam as tradições e a histórico de Angola, assim como os princípios e valores políticos, morais, cívicos, éticos e culturais em que assenta a sociedade angolana.
Participam na reunião, que termina ainda hoje, 271 membros dos 311 que integram o Comité Central do MPLA.