O ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, defendeu, em Addis Abeba, a entrada em acção, o mais tardar até 2015, da Brigada em Estado de Alerta da União Africana (UA) para fazer face aos constantes golpes de Estado no continente ou conflitos como os que ocorrem no leste da República Democrática do Congo e no Mali.
Georges Chikoti disse que a organização continental foi surpreendida no ataque contra o Mali, porque nunca esteve preparada para situações do género.
“A África ocidental ficou de mobilizar homens e recursos para este efeito, mas até hoje também não se fez nada. Só depois da intervenção francesa é que os países começaram a mobilizar-se”, lembrou o chefe da diplomacia angolana, para quem a UA deve rever todas as decisões já tomadas no âmbito da “arquitectura africana de intervenção rápida por regiões”, para que a Brigada em Estado de Alerta seja concluída antes de 2015, como está previsto.
A ideia que presidiu à criação da Brigada, frisou, é dotar a União Africana de condições para mobilizar as suas forças em tempo adequado para impedir que golpes de estado ou actos inconstitucionais ocorram: “o que estamos a verificar é que estamos a correr atrás do tempo”, sublinhou o chefe da diplomacia angolana.
Sabe-se que a actual situação no Mali, no leste da República Democrática do Congo (RDC), na República Centro Africana (RCA) e na Guiné-Bissau mereceu a atenção do Conselho Executivo da União Africana.