Luanda poderá contar com três linhas ferroviárias para transporte público

Luanda poderá contar com três linhas ferroviárias para transporte público

O ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, anunciou hoje, na cidade do Huambo, a construção, para breve, de três linhas ferroviárias em Luanda, capital de Angola, destinadas ao transporte público colectivo de passageiros, no âmbito das medidas estruturantes que estão a ser estudadas.

Ao discursar na abertura do seminário sobre "Sistema ferroviário nacional: situação presente e perspectivas de evolução", o ministro informou estar em fase de conclusão o estudo da rede ferroviária ligeira na área metropolitana de Luanda, que possa responder às necessidades dos transportes públicos colectivos de passageiros.

Disse que as três linhas serão criadas em dois principais corredores de mobilidade da capital do país, sendo que uma delas ligará o centro de Luanda ao novo aeroporto internacional para assegurar o elevado fluxo de transporte de passageiros, ao passo que as restantes ligarão o centro urbano e as localidades de Talatona e Kilamba Kiaxi.

Augusto da Silva Tomás explicou que a materialização deste projecto implica a construção de uma estação central em Luanda, onde se articularão todos os modos de transporte colectivo de passageiros (rodoviários, ferroviários e transporte individual), numa solução optimizada de intermodalidade.

Informou que entre as várias medidas estruturantes que estão a ser estudadas para posterior execução, inclui-se também a criação de uma linha ferroviária que vai ligar Angola e as vizinhas Repúblicas da Zâmbia e da Namíbia, com propósito de intensificar as relações comerciais entre os três países.

Segundo Angop, o ministro sublinhou que uma vez colocadas em prática as medidas estruturantes, que prevêem ainda conectar as três linhas ferroviárias do país, os caminhos-de-ferro de Angola poderão cumprir cabalmente o papel que lhes compete no contexto de desenvolvimento da economia nacional.

Neste seminário sobre sistema ferroviário nacional, que encerra na noite de hoje, os participantes estão a discutir temas como “modelo institucional para a reforma dos caminhos-de-ferro de Angola: ponto de situação e medidas a tomar”, “modelo para a manutenção das linhas ferroviárias dos caminhos-de-ferro de Angola”, “modelo para a manutenção do material circulante dos caminhos-de-ferro de Angola”, “telecomunicações, sinalização e gestão das operações dos caminhos-de-ferro de Angola”.

Fazem também parte da agenda de trabalhos “acessibilidades ferroviárias ao complexo mineiro Kissala-Kitungo”, “construção da linha ferroviária de ligação Angola-Zâmbia” e “contributos para o programa de acção imediata”.

Entre os participantes estão os directores dos Caminhos-de-Ferro de Benguela, Carlos Gomes, de Moçamedes, Daniel Quipaxe, de Luanda, Lobo do Nascimento, e o director geral do Instituto Nacional dos Caminhos-de-Ferro de Angola, Júlio Bango Joaquim.