Detenção de jovens é um acto de incompetência ao diálogo com a juventude

Detenção de jovens é um acto de incompetência ao diálogo com a juventude

Faz eco nos vários semanários publicados no último final de semana aqui na capital do país a tentativa de manifestação dos jovens revolucionários na passada quinta-feira e a detenção de jornalistas pela Polícia pouco depois da suspensão na Sexta-feira do julgamento dos autores do protesto desmantelado em Luanda;

Na análise dos semanários esta manha aqui na Ecclesia o analista e docente universitário Celso Malavoloneke considerou que a manifestação dos jovens desmantelados pela polícia é um atestado de incompetência ao diálogo nacional do executivo com a juventude e apontou o diálogo inclusivo como a solução do problema.-“o dialogo tem que ser um dialogo genuíno e não podemos combater a rebeldia dos nossos filhos com bastão, somos educadores e não é assim que fizemos nas nossa famílias e não que temos que  fazer  na Sociedade. Os jovens têm que sentir-se incluídos, ouvidos, valorizados, para que em troca sejam patriotas e amem a nação”. O docente vai mais longe dizendo reprovando a atitude da polícia-“ faltou inteligência por parte do executivo, a manifestação aconteceu agora para chamar a atenção dos jornalistas estrangeiros que se encontram no País por causa do mundial de hóquei, e os jovens aproveitaram essa oportunidade para ampliação da manifestação. o executivo sabe que essa técnica do jogo politico não é nova, já o 4 de fevereiro sai, quando os nacionalistas apercebem-se do navio Santamaria tinha sido tomado pelo Henrique Galvão e vários jornalistas vieram a Luanda e os nacionalistas aproveitaram a situação para organizar o 4 de fevereiro”.

E a Conferencia Episcopal de Angola e São Tomé considera as manifestações próprias das dinâmicas sócias dos estados modernos, entretanto a CEAST apela o diálogo como a via ideal para a resolução de Qualquer conflito.

Dom Manuel Imbamba que falava em conferência de imprensa realizada a margem do encerramento do retiro dos bispos, que aconteceu na Arquidiocese do Lubango, de 17 a 21 de Setembro, disse que as manifestações têm a ver com as dinâmicas sociais da actualidade.

O Arcebispo da Arquidiocese de Saurimo, considera as manifestações de serem sinais de que as pessoas começaram a tomar consciência dos seus direitos e deveres, e como é conversar que os homens se entendem, Dom Manuel Imbamba, aponta o diálogo como sendo o melhor caminho para a resolução de eventuais conflitos.

O porta-voz da Conferencia Episcopal de Angola e São Tomé afirmou que a CEAST não aconselha situações que possam levar as pessoas a se distanciarem uma das outras.

O prelado católico, pensa ser o momento de encontrar mecanismos que levem a consolidação da paz, da justiça e da reconciliação, por isso apela as pessoas a não sentirem medo do diálogo.