Georges Chikoti, que já se encontra em Angola, concedeu entrevistas ao jornal Le Monde (jornalista Claire Gatinois), Le Monde Diplomatique e Afrique Asie (Augusta Conchiglia), Tele sud (Guy Registe), revista Jeune Afrique (Tshitenge Lubabu), RTP (Paulo Dentinho), RFI (Liliana Henriques, Miguel Ribeiro e Bonifac) France 24horas nos serviços em Francês e em Inglês.
O crescimento de Angola nos últimos anos após o fim da Guerra foi o mote para grande parte das entrevistas aos jornalistas em Paris. Para o governante angolano, “o Presidente dos Santos, após a morte do líder da UNITA lançou um processo de reconciliação nacional inclusivo com a participação da UNITA nas FAA e no Governo.
“Efectivamente não é uma realidade fácil porque o nosso conflito causou muitos danos e muitas mortes. Os militares adoentados foram tratados e não houve qualquer revanche da parte do governo” - disse o ministro ao jornalista Guy Registe da televisão Téle sud.
Referindo-se ao processo de reconciliação. Georges Chikoti lembrou que os primeiros anos do pós-guerra foram largamente dedicados à reconciliação e “fazer a UNITA participar nas instituições e reconstruir o país”.
“E, actualmente, declarou, o desafio do Governo é o combate à pobreza. “Se vir o nosso programa de desenvolvimento para 2012-2017, a prioridade é a luta contra a pobreza, mas também fazer com que Angola possa sair do grupo de países menos avançados para os países intermédios” - destacou.
Para cumprir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, o ministro esclareceu que Angola inseriu mais de seis milhões de crianças no sistema de ensino, construiu centenas de hospitais e centros médicos em todo o país, promove o desenvolvimento rural e está a reconstruir e ampliar a rede rodoviária e ferroviária que havia sido devastada em todo o país, para permitir a circulação e viabilizar os projectos de investimento.
Além disso, o chefe da diplomacia angolana fez um balanço sobre a sua participação na Cimeira do Eliseu sobre Paz, Defesa e Segurança em África, bem como manifestou o seu apoio à operação francesa na República Centro Africana com o objectivo de estancar a onda de violência inter-religiosa que se regista.
O ministro Chikoti acredita existir hoje “maior maturidade política” por parte das lideranças do continente e mostrou-se optimista em relação ao crescimento económico de África, graças à emergência e ao apoio da China, numa altura em que a maioria das economias ocidentais vivem uma crise que considerou “estrutural do capitalismo”.
Georges Chikoti, à RTP e ao jornal Le Monde falou mais demoradamente sobre as relações de cooperação politico diplomáticas entre Angola e Portugal.
Segundo disse, as relações sempre foram boas, mas “o que até aqui afectou isso são só as questões levantadas pela imprensa, mas também pela Procuradoria de Portugal. “Acho que estes assuntos estão sendo ultrapassados”.
A relação bilateral deve basear-se no respeito mútuo, defendeu o governante angolano, alguns dias depois de ter escrito ao seu homólogo português, antecipando um encontro proximamente.
O ministro Chikoti regressou nesta terça-feira a Luanda após ter representado o Presidente da República na Cimeira sobre Paz, Defesa e Segurança em África que teve lugar em Paris nos dias 6 e 7 deste mês.
Fonte:Angop