O secretariado do Bureau Político do MPLA, esteve reunido esta sexta-feira, onde o seu presidente José Eduardo dos Santos, falou da realização de um congresso ainda este ano.
Defendeu mais diálogo entre dirigentes e quadros do partido, no entender de José Eduardo dos Santos esta realidade não permite manter viva e actualizada a mensagem sobre as intenções e acções do partido.
Na última reunião do Bureau Político do partido presidido, pelo presidente do partido, concluiu-se que as estatísticas apresentadas pelo departamento de Organização e Mobilização continuam a não ser fiáveis, por variarem sempre para menos em relação ao número anterior de militantes e de comités de acção.
"Por outro lado, o organismo executivo central que conduz o movimento de revitalização das estruturas de base do partido não tem imprimido ao processo a orientação integradora e dinamizadora que os comités de acção devem assumir para assegurarem uma actividade concertada, no futuro, das comissões de moradores, das estruturas de vigilância comunitária a criar e de outros agentes que actuam em prol do bem-estar, da ordem e tranquilidade públicas das comunidades em que estão inseridas", disse.
Neste sentido, José Eduardo dos Santos informou que o Bureau Político recomendou o reajustamento dos métodos de trabalho e do programa de acção da comissão nacional do movimento de revitalização e a capacitação da área do Departamento de Organização e Mobilização, que se ocupa do registo electrónico dos dados do partido.
Outra constatação feita, segundo o presidente do partido governante, é que a supressão dos círculos de estudo, das candidaturas livres e da eleição directa dos primeiros secretários dos comités de acção do partido, arrefeceu ou quebrou o dinamismo da actividade das estruturas de base do MPLA, impondo-se agora reflectir se vale a pena ou não voltar à primeira forma.
"Essa perda de dinamismo do trabalho político e partidário e o diálogo insuficiente entre os dirigentes, responsáveis, quadros e as bases do Partido, e o povo de um modo geral, não permite manter viva e actualizada a mensagem sobre as intenções e realizações do MPLA, abrindo espaços vazios que são preenchidos, com algum impacto, com mentiras e calúnias dos seus detractores e adversários de má-fé", sublinhou.
Participaram na reunião, 268 membros do Comité Central dos 311 integrantes, havendo 10 vagas que foram preenchidas no decurso da sessão.