Mary Robinson, que falava à imprensa no final de um encontro com o ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, referiu que esta satisfação foi igualmente manifestada pelas autoridades congolesas, país de onde é proveniente e no qual manteve encontros com vários ministros e o presidente Joseph Kabila.
Na sua intervenção, manifestou-se satisfeita ainda por poder trabalhar com as autoridades angolanas, numa fase em que as acções centram-se, no que toca a RDC, no enquadramento dos ex-rebeldes e implementação dos acordos, já que o M23 foi derrotado.
Em relação a este assunto, disse que ”temos tido conversas também sobre aqueles que foram para o Ruanda e Uganda, no sentido do seu regresso e posterior desmobilização”.
Acrescentou ainda que acções devem ser tomadas também do ponto de vista económico.
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, disse que espera-se muito do trabalho que Angola pode realizar nesta região.
Com este objectivo, “estivemos no Ruanda, Burundi e Uganda, onde abordamos as questões das forças rebeldes e, naturalmente, com a lei de amnistia que já esta agora concluída”, disse.
O ministro disse ainda que, nesta altura, existem conversas com as Nações Unidas para acelerar a implementação dos passos subsequentes.
Frisou ainda que nos casos do Sudão do Sul e da República Centro Africana também reconhece-se o papel que Angola pode jogar, dai que o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, engajou-se em poder ajudar estes países, eventualmente de forma financeira, para acudir as situações humanitárias que eles estão a viver.
“Espera-se muito de Angola, vamos fazer aquilo que nós podemos fazer. Há algumas acções que iremos desenvolver nos próximos dias”, explicou.