Arrancou esta terça-feira no centro de conferências de Talatona a mini cimeira de chefes de estado e de governo da região dos grandes lagos, onde o maior destaque foi a promoção da cultura de paz, reconciliação, justiça social e desenvolvimento.
José Eduardo dos Santos discursava na abertura da mini-Cimeira de Chefes de Estado e de Governo de países membros da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL), na capital angolana.
O estadista apelou a consolidação, no continente africano, da consciência de que as guerras não servem para resolver os problemas que afectam os nossos povos, pelo contrário, servem para os agravar ainda mais e para criar traumas e ressentimentos que levam muito tempo a superar.
"Os caminhos que devemos trilhar para ultrapassar as contradições existentes são os da paz, unidade nacional, reconciliação, do direito à diferença, da inclusão social e política, da justiça social e da participação no desenvolvimento", sublinhou.
Eduardo dos Santos considerou serem estas as vias que podem conduzir as partes ao término das crises e conflitos, a normalização da situação em todos os países da Região dos Grandes Lagos.
Na ocasião, exprimiu aos seus homólogos apreço pelo empenho e dedicação que consagram à erradicação das causas que estão na base de todos os conflitos, com o fim de garantir-se uma paz regional duradoura.
O Presidente considerou a paz e a segurança dos Estados e dos povos como um compromisso cuja materialização é inadiável, e os países da região devem garantir o respeito e a plena salvaguarda dos direitos do homem, reforçar os laços de boa vizinhança e não permitir que os seus territórios sejam utilizados para a realização de acções hostis contra outros Estados.
Devemos reforçar a cooperação multiforme entre os países da região na base da amizade e da solidariedade entre os respectivos povos, apontou o estadista.