O Chefe de Estado Angolano, José Eduardo dos Santos, visitou esta tarde a igreja de Santa Maria Maggiore, no quadro da sua deslocação à Cidade do Vaticano, Roma, onde prestou uma homenagem ao túmulo de António Manuel Nvunda "Negrita", o primeiro embaixador negro no Vaticano.
No túmulo de "Negrita", enviado por volta do século XVI pelas autoridades do Reino do Congo (Angola) para questões com as autoridades religiosas da Santa Sé, o estadista depositou uma coroa de flores no seu jazigo, no interior da Basílica Santa Maria Maggiore, um dos mais conceituados deste estado.
Na basílica, o Chefe de Estado, acompanhado da primeira-dama, Ana Paula dos Santos, e de altos funcionários da Presidência da República, recebeu explicações sobre os símbolos e história do local.
Falecido no século XVI, António Manuel Nvunda "Negrita" foi o primeiro embaixador negro no Vaticano, recebido pelo Papa Paulo V, na altura, e o deu a estrema unção no momento da morte.
Afonso Nvunda "Negrita" foi enviado, na altura, do Reino do Congo sob reinado do rei Afonso I, o que não foi bem visto pelos portugueses, então potência colonizadora.
Esta figura angolana marca um forte simbolismo no relacionamento entre Angola e a Santa Sé.