De acordo com o ministro, que falava no primeiro dia da Feira Internacional de Electricidade, que Angola organiza, a segurança energética constitui uma componente importante nas políticas energéticas nacionais, devendo a mesma ser universal para o benefício das populações ricas e pobres.
Acrescentou que em Angola, estão em curso profundas transformações no sector energético nacional através do reforço das suas capacidades, das suas infra-estruturas, estabelecendo as principais orientações estratégicas para o sector, em especial os sub-sectores de energia como do petróleo e gás, redefinindo o modelo institucional.
"No quadro da reestruturação do sector em curso no país, ao Ministério da Energia e das Águas lhe conferirá definir políticas e estratégias para o instituto regulador do sector eléctrico e para a agência reguladora de energia atómica, assim como as competências em matérias de regulação das três novas empresas públicas que vão ser criadas, como a rede nacional de transportes, cordel e a empresa nacional de distribuição de electricidade", afirmou.
Disse que as empresas públicas, a serem criadas, cada uma ficará com a responsabilidade da gestão das áreas de produção, transporte e da distribuição da energia.
Segundo o ministro, com os projectos em curso no domínio da produção, como ampliação da barragem do Cambambe, a construção da barragem do Lauca e da central do ciclo combinado do Soyo, espera-se em 2017 atingir cinco vezes mais a capacidade instalada actualmente e em 2025 atingir nove vezes a capacidade já existente.
No domínio dos transportes, serão construídos no país até 2025 mais de dois mil e 500 quilómetros de linhas e subestações, bem como as interligações regionais.
Para a distribuição, está em curso a reabilitação e expansão da rede de distribuição e electrificação de mais de 600 mil domicílios até 2017 e 1.5 milhões até 2025.
Disse que Angola está a trabalhar no sentido de interligar a sua rede interna, com vista a realizar a inter-conexão com a República Democrática do Congo, ao norte, a Zâmbia, no Leste, e a Namíbia, no Sul.
O primeiro dia da Feira Internacional de Electricidade abriu em simultâneo com o 18º Congresso da Associação das Sociedades de Electricidade de África (ASEA), em que participam cerca de 500 membros do continente.