A nota de imprensa do ministério das Relações Exteriores indica que durante a visita, os Presidentes de Angola e da RDC, Joseph Kabila, “vão avaliar o nível de cooperação existente, tendo em conta os interesses dos dois países e a necessidade de estabelecer uma cooperação estratégica para consolidar a cooperação económica”.
Os acordos de cooperação no domínio dos transportes ferroviários, fluvial, rodoviários transfronteiriços e para operação de serviços aéreos, que deverão ser rubricados entre Angola e RDC, durante a visita oficial de trabalho do Chefe de Estado angolano, segundo o comunicado.
Os acordos são importantes meios de promoção e preservação da amizade, compreensão e cooperação entre os povos dos dois países, lê-se na nota.
Angola e a RDC partilham uma longa fronteira fluvial e terrestre, e a assinatura destes acordos vai reforçar as relações económicas e comerciais entre os dois países.
Os diplomas legais a ser rubricados deverão facilitar o trânsito e o transporte de passageiros e de mercadoria entre si, bem como assegurar o livre fluxo de passageiros e de mercadorias dentro dos seus respectivos territórios.
No domínio do transporte aéreo, a assinatura do acordo para operação de serviços aéreos entre e para além dos respectivos territórios vai permitir a TAAG retomar os voos entre Luanda – Kinshasa e vice-versa, interrompidos há mais de três (3) anos, explica o comunicado de imprensa.
O documento refere também que o Presidente José Eduardo dos Santos poderá abordar com o seu homólogo congolês a questão ligada ao projecto da Barragem hidroeléctrica do Inga, localizada na província de Matadi, sede da região do Baixo-Congo, RDC, e que se estima vir a ser a maior do mundo, com uma capacidade instalada actualmente de 100 mil Mw.
Neste momento, o referido empreendimento está a ser apenas explorado na ordem de 44 mil Mw reais. Os outros 56 Mw são repartidos para projectos solicitados por outros países, alguns da África Austral.
A RDC tem uma superfície de aproximadamente 2.345.000 Km2 e faz fronteira com as regiões norte e leste de Angola.
Angola, desde Janeiro de 2014, tem a presidência rotativa da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL), da qual a RDC é um dos membros desta organização, que defende o diálogo, a cooperação, a estabilidade, o desenvolvimento e o bem-estar para os seus povos.
A paz, estabilidade e o desenvolvimento nas regiões a que Angola pertence, e no continente africano, continua a ser uma das prioridades da sua política externa angolana, assente nos princípios internacionalmente aceites, no respeito pela soberania, igualdade e integridade territorial dos Estados-Membros, bem como de uma cooperação reciprocamente vantajosa.