Os angolanos que têm fortunas no exterior devem repartir esse capital a partir do início do próximo ano, a fim de investirem no país, sob pena de verem o dinheiro confiscado para o estado angolano.
O alerta foi lançado nesta quarta-feira pelo Presidente da República, João Lourenço, que falava na condição de vice-presidente do MPLA, no encerramento do seminário sobre os crimes a que os titulares de cargos públicos estão sujeitos.
Quem proceder dessa forma, segundo o estadista, não será interrogado das razões de ter tido o dinheiro lá fora, nem processado judicialmente.
João Lourenço adiantou que depois de terminar o prazo, o Estado vai considerar o dinheiro pertença de Angola e dos angolanos e como tal agir junto das autoridades dos países de domicílio para tê-lo de volta.
O que se pretende, disse, é que os detentores de verdadeiras fortunas no estrangeiro sejam os primeiros a investir no país “ se são mesmo verdadeiros patriotas”.
João Lourenço espera também que e desta vez finalmente, e ao cabo de muitos anos de indefinição, o Parlamento exerça de facto a sua função fiscalizadora do Executivo, nos termos previstos na Constituição e na Lei, acrescentou ainda que o combate a corrupção não deve ser confundido com perseguição aos ricos ou a famílias abastadas.
{flexiaudio}21185{/flexiaudio}