A primeira deslocação ao estrangeiro do presidente da República democrática do Congo foi a Angola nesta terça, 5 de Fevereiro de 2019. Félix Tshisekedi alegou continuar à espera de provas de Martin Fayulu que contestou a sua eleição como chefe de Estado no escrutínio de 30 de Dezembro passado.
Numa conferência de imprensa conjunta com o seu anfitrião, João Lourenço, Félix Tshisekedi admitiu ter dado provas de abertura em relação a Martin Fayulu, incluindo um convite para integrar o seu executivo.
Até ao momento, porém, Fayulu, tido como favorito dos opositores ao escrutínio, e que acabaria por ficar em segundo lugar, segundo a Comissão de eleições e o Tribunal constitucional, não lhe deu nenhuma resposta.
"Esta alternância fez-se de maneira pacífica enquanto as duas primeiras edições do processo eleitoral tinham degenerado em sangue.
Daí admito que houve aqui um progresso.
Até agora continuo a aguardar pelas provas do contestatário do veredicto do Tribunal constitucional.
Até agora continuo sem ter visto nada.
Não fiz nenhuma proposta clara ao senhor Fayulu. Tanto faz o que ele há-de decidir quanto a entrar ou não para o governo...
Mas prezo que ele, os seus amigos, e de forma mais abrangente, todos os actores políticos congoleses possam trabalhar livremente no respeito dos seus direitos e da sua liberdade."