A Fundação Eduardo dos Santos, demarcou-se esta Terça-feira, da ligação com a SUNINVEST no processo de privatização da ANGOMÉDICA, dizendo em nota que não tem qualquer vínculo com a referida instituição.
Numa nota de esclarecimento publicada hoje, o Grupo Suninvest, SA refere que em relação à privatização da Angomédica, o processo começou em 2016 e, desde então, cumpriu “integralmente os requisitos estabelecidos por lei”.
Informou que o mesmo processo ainda tramita junto das entidades competentes.
Em 2004, o MINSA assinou com a SUNINVEST um contrato de gestão e reabilitação da ANGOMÉDICA, com vista a relançar e dinamizar a produção nacional de medicamentos.
No último sábado, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, afirmou que o Ministério de tutela vai despoletar os mecanismos legais para que a Angomédica (fábrica de medicamentos) volte a constituir património do Estado.
E O ministro da Comunicação Social angolano afirmou hoje que os que estão "furiosos" com a ministra da Saúde, que pretende reverter a privatização de uma empresa feita no anterior Governo, "são os que ganharam em negociatas como a da Angomédica".
Aposição foi assumida pelo ministro João Melo numa mensagem na sua conta na rede Twitter.
"A área da Saúde está melhor do que na altura em que o novo governo [do Presidente João Lourenço] assumiu [o poder, em Setembro de 2017]. Só não vê quem não quer. Aqueles que ganharam com as negociatas como a da privatização da Angomédica [que o Governo actual pretende reverter] estão furiosos com a ministra. Os problemas ainda são muitos, mas são resolúveis", escreveu hoje João Melo.
O Presidente angolano reafirmou, igualmente através das suas contas no Facebook, Instagram e Twitter, que o sector da Saúde constitui uma prioridade do executivo e que "não descansará enquanto continuar a haver mortes por doenças evitáveis".
A posição de João Lourenço surge após as visitas realizadas no sábado ao CECOMA e aos hospitais Geral de Luanda e Josina Machel, onde se inteirou das dificuldades e dos projectos em curso.
O chefe de Estado indicou que as visitas de sábado permitiram-lhe reforçar a ideia de que a luta por um sistema de Saúde mais humanizado é "um desafio de todos da família, escola, universidade, das igrejas e até do próprio hospital".