A ONG Britânica Global Witness revela no seu mais recente relatório o nome de accionistas de empresa petrolífera privada que passa a éter uma importância capital no ramo dos hidrocarbonetos. Dois generais estão entre os accionistas.
Uma empresa petrolífera privada em Angola, autorizada pela empresa petrolífera estatal Sonangol a licitar por direitos petrolíferos potencialmente lucrativos, tem accionistas com o mesmo nome do presidente da Sonangol e de outros altos executivos do governo, conforme tomou conhecimento a Global Witness.
A Global Witness, uma organização não-governamental anti-corrupção que centra a sua actividade na fiscalização da exploração de recursos naturais, tem demonstrado preocupações sobre a corrupção flagrante no sector petrolífero angolano desde 1999.
Em Dezembro de 2007, a Sonangol publicou uma lista de companhias pré-selecionadas para concorrer a licenças petrolíferas. A Sociedade de Hidrocarbonetos de Angola (SHA), uma empresa privada pouco conhecida, era um dos nomes incluídos nessa mesma lista.
Um registo da SHA no Diário da República de Angola, ao qual a Global Witness teve acesso, designa, com efeitos a Agosto de 2007, como sendo um dos seus accionistas Manuel Domingos Vicente, que é também o nome do Presidente do Conselho de Administração da Sonangol.
A Global Witness enviou uma carta ao presidente da Sonangol, Manuel Vicente, para esclarecer se ele foi de facto um dos accionistas da SHA. A carta foi entregue na sede da Sonangol em Luanda, e o recibo de entrega foi assinado por um funcionário no local. Até ao momento, a Global Witness ainda não recebeu nenhuma resposta.
À data de Agosto de 2007, entre os accionistas da SHA também se incluíam 3:
- Manuel Vieira Helder Dias Junior. Um alto conselheiro para assuntos militares do Presidente Eduardo dos Santos de Angola, conhecido como "Kopelipa"
- Jose Pedro de Morais Junior.
- Leopoldino Fragoso do Nascimento. Chefe de Comunicação Da presidência da republica.