EDITORIAL: "Faz hoje um ano desde que os
angolanos votaram, pela segunda vez, desde que se instaurou o regime
multipartidário no país, em 1992. No dia 5 de Setembro de
2008, os angolanos votaram para um novo parlamento nas eleições marcadas pelo
atraso da abertura de algumas mesas de voto e uma certa desorganização, em
Luanda.
A votação, que estava
marcada apenas para o dia 5, teve de ser alargada também para o dia 6 de
Setembro, nalgumas localidades. A oposição reclamou destas
situações e descreveu o momento como tendo sido marcado por irregularidades, principalmente pelo “dia seguinte” que segundo argumentou, não estava previsto
na lei.
Os dias que antecederam ao
voto, trazem-nos a memoria os atrasos na cedência do dinheiro para campanha aos
partidos da oposição, o escândalo financeiro do secretário-geral e, n’altura
director de campanha do PAJOCA, David Mendes que foi apanhado com 90 mil dólares
pela policia fiscal no aeroporto 4 de Fevereiro.
As palavras do Presidente da Republica, José Eduardo do Santos a esclarecer que não é arbitro, que afinal, também estava a jogar.
Saltam-nos também a memoria
a saída de Jorge Valentim da Unita para o MPLA e outros momentos que no fundo
não fizeram do momento de campanha igual ou melhor que os de 1992.
Muitos sentiram saudades de
Mfulupinga Landu Victor e Jonas Savimbi.
De lá para cá, ficam por
realizar a grande promessa de um milhão de casas para os angolanos, mais
emprego saúde e educação para todos, pelo MPLA que sai vencedor com uma
maioria de 81,73%
dos votos.