O ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e Pescas, Afonso Canga, disse hoje (sexta-feira), em Luanda, haver maior necessidade dos países africanos incrementarem as suas trocas comerciais de produtos agrícolas.
Em declarações à imprensa, após o fim da 26ª Conferência Regional da FAO para a África, o governante referiu que os delegados ao encontro foram unânimes em constatar a necessidade de doravante se fazer mais no tocante à troca de experiências nas áreas de investigação e de transferência de tecnologias.
Acrescentou que, entre outras, os ministros da Agricultura e peritos do sector decidiram igualmente haver necessidade de se reforçar a troca de experiências em outras áreas relacionadas com o comércio internacional de produtos agrícolas.
"Em concreto, concluímos ainda aumentarmos mais a nossa cooperação, principalmente na área de produção de fertilizantes e de equipamentos agrícolas entre os países africanos", afirmou.
Em relação à proposta de criação de um fundo africano de fertilizantes, o ministro indicou que essa decisão foi tomada na Nigéria e os países estão a trabalhar com vista a criação de uma indústria de fertilizantes em África, para desenvolver a agricultura e para exportação.
Iniciada segunda-feira, com a reunião dos peritos, os participantes, durante os trabalhos da 26ª Conferência Regional da FAO para África, decidiram preservar as terras férteis para cultivo e as marginais para os bio combustíveis, bem como o aumento dos investimentos na agricultura, visando o combate à fome e redução da pobreza, aumento das exportações e medidas de redução do impacto das alterações climáticas.
A eleição de Angola como presidente da Conferência Regional da FAO África para os próximos dois anos e a escolha do Congo Brazzaville para albergar a próxima reunião dos ministros da Agricultura do continente africano foram outros dos pontos mais altos do evento.
Aberta pelo vice-presidente da República, Fernando Dias dos Santos, no encontro abordou-se, entre outros assuntos, a problemática das alterações climáticas no continente, os desafios dos bio combustíveis e a estratégia de segurança alimentar.