O ministro angolano das Relações Exteriores, Assunção dos Anjos, afirmou hoje, sábado, em Cabo Ledo, província do Bengo, que para se promover a paz e a estabilidade no continente africano é imperioso que os africanos estejam dotados de um sistema de segurança colectiva com capacidade de reacção rápida e eficaz em situações de conflito e de crise em África.
O governante angolano, que fez este pronunciamento na cerimónia que marcou hoje o encerramento do exercício "Kwanza 2010" dos efectivos militares, policiais e componente civil da CEEAC, referiu que esta operação (exercício) é uma actividade coordenada pelo Conselho de Paz e Segurança da União Africana na qualidade de órgão de decisão e resolução de conflitos.
Frisou que a manobra militar foi, sem dúvida, o exercício de maior envergadura realizado até hoje sob a égide da CEEAC, quer pelo número e a diversidade dos efectivos e meios técnicos utilizados, quer pela complexidade intrínseca do próprio exercício, quer ainda por outros aspectos de natureza organizativa.
Para o ministro, a realização deste exercício visou, pois, cumprir um dos objectivos fundamentais da União Africana que é o de promover a paz e a estabilidade no continente africano.
Assunção dos Anjos referiu que a Força Africana em Estado de Alerta, o braço armado da União Africana é composta por cinco brigadas regionais uma em cada região, constituídas por contingentes multidisciplinares estacionados nos países de origem, mas em estado de prontidão permanente e em condições de se deslocarem para qualquer teatro de operações no interior do continente africano.
Ressaltou que o exercício Kwanza permitirá a avaliação do grau de operacionalidade da FOMAC, no âmbito da formação das forças armadas africanas.
"A nossa presença aqui testemunha os esforços empreendidos para a certificação da FOMAC e reflecte o engajamento dos estados membros da CEEAC para materializar as decisões tomadas pelos chefes de estado e de governo durante a 13º conferência da UA realizada em 2007 em Brazzaville", acrescentou.