O chefe do Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), general Francisco Pereira Furtado, destacou hoje, sábado, em Luanda, a importância da Marinha de Guerra Angolana (MGA), ramo militar cuja missão é a defesa das águas nacionais e da zona económica exclusiva.
Fundada a 10 de Julho de 1976, a Marinha de Guerra de Angola tem como missão específica garantir a defesa das águas nacionais, de acordo com os princípios de defesa nacional.
"Podemos considerar a nossa marinha como bastante jovem e que ao longo destes anos tem criado as condições para se converter num ramo à altura do país e das suas missões", referiu o general Furtado na cerimónia que marcou hoje os 34 anos da fundação deste ramo das FAA.
Segundo o responsável militar, nos últimos anos, tem sido levado a cabo, nas FAA e na marinha em particular, o processo de reedificação com vista a melhor adequar as forças armadas às suas missões.
Este processo, prosseguiu, representa para a MGA a sua potenciação, com técnica e armamento capaz de garantir a defesa e protecção, tanto das águas nacionais, como da zona económica exclusiva.
Para além da potenciação da técnica naval, acrescentou "está em curso a formação de quadros, prevendo-se para breve a criação da Academia Naval e outros estabelecimentos, além da melhoria de funcionamento dos já existentes".
Para o general Furtado, a defesa do mar requer investimentos significativos, sob pena do país ver as suas riquezas delapidadas, descontrolo na entrada de pessoas e mercadorias que podem pôr em risco a segurança nacional.
Salientou que a direcção política do país e das FAA, sob liderança do seu Comandante-em-Chefe, José Eduardo dos Santos, têm plena consciência da importância do mar para Angola, daí os esforços no reequipamento e modernização da MGA.
"O reequipamento e modernização da marinha, passa também pela elevação dos níveis de preparação combativa, operativa e de educação patriótica, pela correcta exploração do armamento e da técnica, racionalização dos recursos e do permanente aperfeiçoamento dos conhecimentos já adquiridos", pontualizou.
A cerimónia testemunhada por generais e oficiais superiores das FAA, adidos de defesa acreditados em Angola e convidados foi marcada pelo patenteamento de mais de 300 oficiais da Marinha de Guerra Angolana.
A criação da MGA ocorreu quando o então Presidente de Angola, António Agostinho Neto, presidiu à cerimónia da proclamação da então Marinha Popular de Guerra de Angola, facto que coincidiu com o fim do período de instrução dos primeiros militares do ramo, pós independência.