O investimento português em Angola é hoje mais diversificado mas, nos últimos três anos, Portugal desinvestiu mais do que investiu no país de África que mais investimento estrangeiro recebe.
Os dados oficiais do Banco de Portugal mostram que Portugal e Angola são parceiros cada vez mais importantes um para o outro nas relações económicas, acompanhando as tendências registadas na área do comércio, com os investimentos de lado a lado a aumentarem.
Angola foi o terceiro país estrangeiro onde Portugal mais investiu em 2008 -- cerca de 775,1 milhões de euros -- e manteve essa posição em 2009, apesar de o investimento ter sido menos, atingindo os 557,43 milhões de euros.
O Presidente da República de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, desloca-se a Angola entre os dias 18 e 24 deste mês. Presidente português Cavaco Silva retribui a visita que o homólogo angolano José Eduardo dos Santos fez a Lisboa. A economia domina o encontro e há uma centena de empresários lusos na comitiva que ruma a Luanda.
No plano comercial, Angola continua a ser o primeiro parceiro comercial de Portugal fora da União Europeia e o quarto destino das exportações portuguesas a nível mundial.
Entre as expectativas resultantes da visita de José Eduardo dos Santos há um ano a Portugal, o destaque vai para a constituição de um banco de investimentos resultante da parceria entre a Caixa Geral de Depósitos e a empresa de combustíveis angolana Sonangol, com o capital social de mil milhões de dólares (cerca de 800 milhões de euros).
O objectivo é impulsionar o investimento português em Angola, apoiando o desenvolvimento de projectos de infra-estruturas, bem como de indústrias e empreendimentos agrícolas.
Do programa constam ainda dois momentos emblemáticos no domínio empresarial e diplomático: a inauguração da Feira Internacional de Luanda (FILDA), o maior evento comercial com dimensão internacional em Angola, e a transferência da presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para Luanda, que a exercerá nos próximos dois anos.
Da visita de José Eduardo dos Santos a Portugal, há um ano, destacou-se a criação de um banco de investimentos resultante da parceria entre a CGD e a empresa de combustíveis angolana Sonangol, com o capital social de cerca de 800 milhões de euros. O seu objectivo é impulsionar o investimento luso em Angola, apoiando projectos de infra-estruturas, indústrias e empreendimentos agrícolas.
Essa visita de Eduardo dos Santos permitiu ainda assinar um memorando no sector da Educação, prevendo o envio de 200 professores portugueses para as províncias angolanas do Cuanza Sul, Benguela, Namibe, Moxico e Cunene.