O Executivo angolano pagou já cerca de 60 porcento da dívida pública que se comprometeu liquidar durante os últimos três meses.
A garantia foi dada hoje, sexta-feira, pelo ministro de Estado e Chefe da Casa Civil da Presidência da República, Carlos Feijó, na conferência de imprensa destinada a proceder ao balanço da acção do Executivo no último trimestre.
Esta cifra, que diminuiu a situação de pressão sobre o Governo em relação à dívida pública, segundo o ministro, foi alcançada graças à reorientação dos moldes de pagamento em relação ao previsto.
Neste domínio, Carlos Feijó informou que ainda há cerca de 900 milhões de dólares por pagar a algumas empresas, um atraso que corre por conta e risco dos credores, aos quais foram detectadas irregularidades procedimentais.
Segundo o governante, durante o processo foram detectadas empresas sem cadastramento ou que possuíam mais de um registo de contribuinte.
Com estas, referiu, será feito um trabalho directo para corrigir as deficiências.
"Em termos de pagamento de dívidas podemos dizer que cumprimos com os nossos objectivos pois, pelos sinais que temos, a situação de pressão iminuiu", assegurou.
Em função do programa do Governo e do que ficou acordado com os credores, aferiu que o executivo pagou a totalidade da dívida às empresas cujo valor cifrava-se até 30 milhões de dólares, entre 30 milhões até 75 milhões fixou-se um valor com cada um dos credores, e acima de 75 milhões dólares recebeu 40 porcento da mesma.
Quanto às finanças públicas, Carlos Feijó assegurou que durante os últimos meses registou-se algum progresso em matéria organizacional, procedimental e regulamentar, sobretudo nos domínios das despesas, tecnologia de informação e pagamentos.
Embora ainda não se tenham atingido os níveis pretendidos, regozijou-se com o facto de terem sido suprimidas as deficiências e desvios quanto às boas práticas em termos do exercício das finanças públicas.
Na conferência de imprensa participaram também os ministros de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República e da Coordenação Económica, respectivamente, Helder Vieira Dias "Kopelipa" e Manuel Nunes Júnior, o titilar da pasta das Finanças, Carlos Alberto Lopes, bem como o governador do Banco Nacional de Angola, Abraão Gourgel.