O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), Francisco Pereira Furtado, destacou hoje, terça-feira, em Luanda, a experiência política de Angola em oito anos de paz, relativamente à aprovação da Constituição e a formação do novo Executivo.
Francisco Pereira Furtado que discursava na abertura das conversações oficiais entre as Forças Armadas Angolanas (FAA) e as Forças Armadas da República da Guiné Bissau, frisou que durante os oito anos de paz, o governo angolano tem implementado esforços em prol do bem-estar do povo angolano, bem como a qualidade de vida. Asseverou que o Executivo angolano liderado pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, dedica-se à realização de inúmeras actividades, que visam a reconstrução do país e o seu desenvolvimento económico e social, bem como a estabilidade política.
"A recente aprovação da Constituição da República de Angola, promulgada a 5 de Fevereiro de 2010, instituiu o sistema presidencialista em substituição do anterior sistema semi-presidencialista", explicou. Relativamente às actividades levadas a cabo pelo Executivo angolano, afirmou que as mesmas estão direccionadas essencialmente para a reconstrução e construção nacional, inserção dos ex-militares na sociedade civil, bem como o realojamento das populações deslocadas das suas áreas de origem. Destacou, de igual modo, a reparação e construção das vias rodoviárias e ferroviárias, o alargamento da rede escolar e cobertura sanitária do país, bem como o desenvolvimento da cultura, desporto, e outras actividades.
O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné Bissau, Tenente-General António Indjai, chegou no dia 4 de Setembro na capital do país, onde vai cumprir uma visita de cinco dias, com vista ao reforço da cooperação no ramo militar, principalmente nos sectores da defesa e segurança que serão reformados. Durante a sua visita de cinco dias ao país, António Indjai e sua comitiva vão manter encontros com altas patentes do Estado-Maior das Forças Armadas Angolanas (FAA), responsáveis do Ministério da Defesa, assim como estão previstas visitas a algumas unidades e escolas militares. A República de Angola e a Guiné Bissau desenvolvem "excelentes" relações de cooperação, quer no quadro bilateral, quer no âmbito da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e do grupo de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), sendo as áreas de acção a política, diplomacia, defesa e segurança, educação, saúde e transportes.
De recordar que Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, general António Indjai, está em Luanda, para uma visita de seis dias que tem como objectivo o reforço das relações com as Forças Armadas angolanas.
Esta manhã Indjai esteve no ministério da defesa nacional onde se reuniu com o ministro Cândido Van-Dúnem. Os dois dirigentes abordaram a cooperação entre Angola e Guiné-bissau.
No entanto, uma fonte do Estado-Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau disse à Lusa que o general António Indjai veio a Luanda para discutir com o seu homólogo angolano, General Francisco Furtado, de que forma Angola poderá ajudar "com coisas concretas" a reforma das Forças Armadas guineenses.
Esta deslocação a Angola, país que tem a presidência da CPLP, decorre numa altura em que se discute o envio de uma força de estabilização para a Guiné-Bissau.
O Ministro de Estado, Carlos Feijó, disse que a vinda do Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau ao nosso país, Tenente- General António Indjai, enquadra-se num plano de acção elaborado pela Guiné-bissau e a CEDAO para a pacificação daquele país.
Ministro de Estado da Casa Civil da Presidência da República, Carlos Feijó referindo-se a visita do Tenente- General António Indjai ao nosso país.
A visita de cinco dias, visa o reforço da cooperação no ramo militar, principalmente nos sectores da defesa e segurança que serão reformados.
De acordo com o alto oficial, em declarações a imprensa a referida cooperação bilateral será levada a cabo no âmbito da reforma e renovação que as forças armadas bissau-guineense vão implementar.
A respeito, o Chefe do Estado Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau, que encabeça uma delegação, disse que deslocou-se a Angola em busca de apoio, para se implementar alguns projectos na área da formação de quadros para que os dois referidos sectores sejam melhorados em prol da consolidação da paz naquele país africano.