Angola poderá contribuir na formação de militares somalis no quadro dos esforços empreendidos pela União Africana com vista a estabilização da situação na Somália, afirmou segunda-feira o secretário de Estado angolano para as Relações Exteriores, George Chicoty.
Em declarações à imprensa angolana destacada para a cobertura da cimeira de avaliação da implementação dos objectivos do milénio e da 65ª Assembleia Geral da ONU, George Chicoty frisou que a posição de Angola decorre de uma solicitação da União Africana neste sentido sublinhando, no entanto, que "a questão da defesa da Somália é antes de tudo uma questão dos somalis e os parceiros podem contribuir" na medida das suas possibilidades.
O secretário de Estado angolano, que falava a propósito de um encontro previsto para sexta-feira com o presidente da República Federativa da Somália, Sheick Sharif Ahmed, a pedido deste último, precisou que a formação dos militares somalis seria uma forma de contribuição de Angola para o número de efectivos que forem necessários para aquele país do corno de Africa, no quadro dos esforços de manutenção da paz da União Africana.
Sobre a questão da paz no continente, o governante angolano disse que continuam a preocupar a falta de estabilidade nalguns países como a Guiné-Bissau, Sudão e na própria Somália.