Angola iniciou um novo ciclo, caracterizado pela aprovação de uma Constituição "que instaura definitivamente um Estado Democrático e de Direito", considerou terça-feira, em Nova Iorque, o secretário de Estado para as Relações Exteriores, Goerge Chicoty.
Dirigindo-se à 65ª sessão da Assembleia Geral da ONU, disse que, decorridos oito anos de paz, implementou políticas de reformas económicas e sociais que permitiram o relançamento da sua economia.
Acrescentou que a reabilitação das principais infra-estruturas levou a alcançar taxas de crescimento anuais médias de dois dígitos, com incidência indirecta na melhoria dos indicadores de base dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
George Chicoty frisou que, desde 2002, mais de dois milhões de crianças foram matriculadas no ensino primário, numa percentagem que subiu acentuadamente na ordem dos 76 porcento, enquanto a taxa de mortalidade materno-infantil decresceu consideravelmente de 1.400/100.000 nados vivos, em 2001, para 660/100.000 nados vivos, em 2010.
Recordou também a adopção, pelo executivo, da Estratégia Nacional de Segurança Alimentar (2009-2014), mecanismo que permitirá aumentar a produção agrícola de forma sustentada, com vista a erradicação da fome e da pobreza em Angola.
Tais pressupostos, advogou ainda, resultam dos esforços da liderança do executivo angolano e do pragmatismo das suas políticas e do seu compromisso com o aumento dos índices de desenvolvimento humano, reflectido na melhoria do bem-estar das populações.
Para o diplomata, as alterações climáticas, os objectivos do milénio, a segurança alimentar, reconstrução e fortalecimento dos estados frágeis, em fase de pós-conflito, a ajuda humanitária e o desarmamento devem merecer prioridade nas agendas nacionais e internacionais, porquanto são determinantes para o desenvolvimento sustentável, crescimento das economias e implementação de estratégias nacionais de combate à pobreza.