Angola e RDC podem decidir contencioso das fronteiras marítimas na ONU

 

angcongoAngola e a República Democrática do Congo (RDC) caminham para a resolução definitiva do diferendo que as opõe na delimitação da sua fronteira marítima comum. Em causa estão cerca de 400 mil barris de petróleo por dia e a extensão do espaço territorial. O contencioso dura há mais de 15 anos, e se for observada a norma seguida na resolução de contenciosos desta natureza, o caso poderá levar outros dez.
Funcionários das Nações Unidas em Nova Iorque, cidade onde o Governo do Congo Democrático deu entrada de um pedido de arbitragem, admitem que só dentro de um ano se saberá se os dois países, o Congo em particular, estão dispostos a esperar o tempo que diferendos desta natureza costumam consumir.

A esperança de que dentro de um ano as coisas mudem, e Angola e a RDC restabeleçam consultas bilaterais, tem que ver com o facto de que nessa altura ter-se-á diluído o ambiente político gerado pelas eleições de Novembro próximo, convocadas pelo Presidente Joseph Kabila.

 

Diplomatas angolanos sugeriram que foi justamente por ter eleições à porta que o Governo congolês, respondendo a pressões internas, congelou as consultas bilaterais que mantinha com Angola há mais de três anos, partindo para a arbitragem.