O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, considerou histórica a visita oficial da chanceler alemã Angela Merkel a Angola, sublinhando que fica inscrito com letras de ouro" na história das relações entre os dois países.
Ao tomar a palavra no encontro com jornalistas, no jardim do Palácio Presidencial da Cidade Alta, logo a seguir ao encontro de trabalho com a chanceler alemã e a delegação que a acompanha nesse périplo africano, o Presidente realçou não apenas a condução e os "resultados muito positivos" das discussões, mas também o facto de ser a primeira vez que um Chefe de Governo alemão visita Angola.
"Foi para mim uma grande honra e um grande prazer ter uma sessão de trabalho acompanhado da delegação angolana, como a senhora Angela Merkel, sessão essa que se saldou num resultado muito positivo, que contribuirá para o reforço da amizade e de cooperação entre a República de Angola e a República Federal alemã", disse José Eduardo.
O Chefe de Estado angolano sublinhou a importância de as partes terem acordado em estabelecer "uma parceria política abrangente", através da assinatura de uma declaração comum de intenções, que é um instrumento jurídico bem mais amplo do que o acordo de parceria estratégica assinado, em Berlim, em Fevereiro de 2009, quando visitou oficialmente a Alemanha.
Comissão Bilateral
José Eduardo dos Santos anunciou a criação de uma comissão bilateral que fica encarregada de aprovar e de desenvolver um programa que vai abranger matérias de natureza política, económica, social, ciência e educação, cultura e das relações políticas e diplomáticas. "Quero sublinhar também que, depois da visita que realizei à Alemanha, onde tive a oportunidade de discutir com a senhora Angela Merkel, questões relacionadas com a cooperação bilateral, e também o prazer de reunir com empresários alemães, hoje penso que com esta visita se dá um grande impulso ao desenvolvimento das relações económicas e financeiras entre a República de Angola e a República Federal da Alemanha", disse.
Quadro favorável
O Presidente José Eduardo dos Santos fez um resumo da conversa que teve com Angela Merkel, particularizando aspectos que ilustram o quadro político e macroeconómico favorável ao investimento. "Informei a senhora chanceler da Alemanha que a situação política em Angola é estável. Estamos a criar condições para a realização de eleições gerais em 2012 e no domínio macroeconómico a situação também é estável", referiu o Presidente, realçando que "o país está a crescer bem", apesar de algum abrandamento devido à crise económica e financeira internacional, nos anos 2008 e 2009.
Animado com os sinais que apontam para o desagravamento da crise internacional, o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, declarou que a economia angolana, "este ano, vai crescer bem e no próximo crescerá, se calhar, acima dos dois dígitos".
Angola, desde que conquistou a paz, em Abril de 2002, e depois de terem sido tomadas várias medidas no sentido da recuperação das infra-estruturas destruídas durante a guerra, entrou num processo de reconstrução e construção com vista ao relançamento da economia. Mas, na avaliação de José Eduardo dos Santos, o programa de reconstrução de infra-estruturas, que em alguns casos chega a ser a criação de novas, como estradas, pontes, caminhos-de-ferro, além de habitações, escolas, centros médicos e hospitais, precisa de recursos financeiros. "Todas estas obras necessitam de avultados recursos financeiros que pretendemos mobilizar no mercado interno e externo", declarou o Presidente, considerando ser esta mais uma porta que se abre "àqueles que querem conceder créditos bancários, realizar investimentos e outros negócios de forma transparente e com vantagens mútuas".
Barragens com equipamento importado da Alemanha
José Eduardo dos Santos garantiu que as três grandes barragens hidroeléctricas a serem construídas vão ter equipamento electromecânico de origem alemã, num negócio comercial que ronda mil milhões de euros. Este foi um dos assuntos que o Presidente angolano partilhou com Angela Merkel durante o encontro no Palácio da Cidade Alta. "Informei ainda que Angola vai construir, nos próximos anos, três grandes barragens hidroeléctricas, neste momento há uma em reabilitação, e os equipamentos electromecânicos a serem usados nestas centrais de produção de energia eléctrica serão de origem alemã".
Considerou uma oportunidade excelente para empresários alemães, que têm a favor o facto de as empresas envolvidas na construção dessas infra-estruturas estarem a ser orientadas no sentido de importarem equipamento electromecânico do seu país. O Presidente angolano garantiu que foram consideradas as preocupações manifestadas, no passado, pelos investidores alemães e outros, o que resultou na criação de uma "nova lei de investimentos, que vai permitir superar algumas dificuldades burocráticas e constrangimentos verificados na vigência da anterior lei, e dar melhor protecção ao investimento".
Ao tomar a palavra no encontro com jornalistas, no jardim do Palácio Presidencial da Cidade Alta, logo a seguir ao encontro de trabalho com a chanceler alemã e a delegação que a acompanha nesse périplo africano, o Presidente realçou não apenas a condução e os "resultados muito positivos" das discussões, mas também o facto de ser a primeira vez que um Chefe de Governo alemão visita Angola.
"Foi para mim uma grande honra e um grande prazer ter uma sessão de trabalho acompanhado da delegação angolana, como a senhora Angela Merkel, sessão essa que se saldou num resultado muito positivo, que contribuirá para o reforço da amizade e de cooperação entre a República de Angola e a República Federal alemã", disse José Eduardo.
O Chefe de Estado angolano sublinhou a importância de as partes terem acordado em estabelecer "uma parceria política abrangente", através da assinatura de uma declaração comum de intenções, que é um instrumento jurídico bem mais amplo do que o acordo de parceria estratégica assinado, em Berlim, em Fevereiro de 2009, quando visitou oficialmente a Alemanha.
Comissão Bilateral
José Eduardo dos Santos anunciou a criação de uma comissão bilateral que fica encarregada de aprovar e de desenvolver um programa que vai abranger matérias de natureza política, económica, social, ciência e educação, cultura e das relações políticas e diplomáticas. "Quero sublinhar também que, depois da visita que realizei à Alemanha, onde tive a oportunidade de discutir com a senhora Angela Merkel, questões relacionadas com a cooperação bilateral, e também o prazer de reunir com empresários alemães, hoje penso que com esta visita se dá um grande impulso ao desenvolvimento das relações económicas e financeiras entre a República de Angola e a República Federal da Alemanha", disse.
Quadro favorável
O Presidente José Eduardo dos Santos fez um resumo da conversa que teve com Angela Merkel, particularizando aspectos que ilustram o quadro político e macroeconómico favorável ao investimento. "Informei a senhora chanceler da Alemanha que a situação política em Angola é estável. Estamos a criar condições para a realização de eleições gerais em 2012 e no domínio macroeconómico a situação também é estável", referiu o Presidente, realçando que "o país está a crescer bem", apesar de algum abrandamento devido à crise económica e financeira internacional, nos anos 2008 e 2009.
Animado com os sinais que apontam para o desagravamento da crise internacional, o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, declarou que a economia angolana, "este ano, vai crescer bem e no próximo crescerá, se calhar, acima dos dois dígitos".
Angola, desde que conquistou a paz, em Abril de 2002, e depois de terem sido tomadas várias medidas no sentido da recuperação das infra-estruturas destruídas durante a guerra, entrou num processo de reconstrução e construção com vista ao relançamento da economia. Mas, na avaliação de José Eduardo dos Santos, o programa de reconstrução de infra-estruturas, que em alguns casos chega a ser a criação de novas, como estradas, pontes, caminhos-de-ferro, além de habitações, escolas, centros médicos e hospitais, precisa de recursos financeiros. "Todas estas obras necessitam de avultados recursos financeiros que pretendemos mobilizar no mercado interno e externo", declarou o Presidente, considerando ser esta mais uma porta que se abre "àqueles que querem conceder créditos bancários, realizar investimentos e outros negócios de forma transparente e com vantagens mútuas".
Barragens com equipamento importado da Alemanha
José Eduardo dos Santos garantiu que as três grandes barragens hidroeléctricas a serem construídas vão ter equipamento electromecânico de origem alemã, num negócio comercial que ronda mil milhões de euros. Este foi um dos assuntos que o Presidente angolano partilhou com Angela Merkel durante o encontro no Palácio da Cidade Alta. "Informei ainda que Angola vai construir, nos próximos anos, três grandes barragens hidroeléctricas, neste momento há uma em reabilitação, e os equipamentos electromecânicos a serem usados nestas centrais de produção de energia eléctrica serão de origem alemã".
Considerou uma oportunidade excelente para empresários alemães, que têm a favor o facto de as empresas envolvidas na construção dessas infra-estruturas estarem a ser orientadas no sentido de importarem equipamento electromecânico do seu país. O Presidente angolano garantiu que foram consideradas as preocupações manifestadas, no passado, pelos investidores alemães e outros, o que resultou na criação de uma "nova lei de investimentos, que vai permitir superar algumas dificuldades burocráticas e constrangimentos verificados na vigência da anterior lei, e dar melhor protecção ao investimento".