A Polícia de Guarda Fronteira (PGF) deteve, no ano prestes a terminar, 7.183 cidadãos de diversas nacionalidades, por tentativa de violação da fronteira nacional, revelou ontem, em Luanda, o seu comandante, comissário chefe Jorge Antunes.
Em entrevista à Angop, para fazer o balanço das actividades realizadas em 2011, o comandante da Polícia de Guarda Fronteira destacou a detenção de 5.875 congoleses democráticos, 350 namibianos, 78 zambianos, 63 congoleses e 29 marfinenses, bem como a apreensão de diversas mercadorias por fuga ao fisco e outros meios utilizados para o contrabando.
Destacou a importância da execução da "operação tubarão", que culminou com a instalação do dispositivo policial ao longo da costa marítima de Luanda até Cabinda (primeira fase) e a participação dos efectivos nas manobras com as Forças Armadas Angolanas nas províncias de Cabinda e Zaire.
Ainda no âmbito da "operação tubarão", disse Jorge Antunes, foram instalados dois postos de guarda fronteira em Maderim e Lubendo (Cabinda), duas unidades marítimas na província do Zaire e a 16ª unidade territorial.
O comandante da Polícia de Guarda Fronteira notou que o ano de 2011 exigiu dos efectivos do órgão um esforço gigantesco, para que muitas acções programadas se tornassem realidade.
"As dificuldades não constituíram um obstáculo intransponível. Por isso, a divisa de cada um de nós deve continuar a ser de vigilância, audácia e persistência", disse o comandante da Polícia de Guarda Fronteira.
Jorge Antunes defendeu que se combatam os fenómenos nocivos que criam instabilidade e insegurança junto da população: "a imigração ilegal é um desses fenómenos que nos preocupa, um dos inimigos a combater e que deve mobilizar toda a sociedade", disse.
O comandante afirmou que a Polícia de Guarda Fronteira tem vindo a realizar um trabalho de profundidade no domínio operacional, dos recursos humanos, técnicos e infra-estruturas, face aos grandes desafios do momento, consubstanciados no combate à imigração ilegal. Jorge Antunes informou que no domínio da formação de quadros, em 2011, foram alistados 1.418 elementos para as fileiras da Polícia de Guarda Fronteira, cuja formação decorreu no Centro de Instrução Mártires da Môngua, no Ambriz e 200 outros efectivos foram formados no comando da corporação no Namibe.
No que diz respeito às infra-estruturas, o comandante afirmou que está em curso a construção das futuras instalações do Comando da Polícia de Guarda Fronteira no município de Viana.
Como perspectiva para 2012, o oficial disse que a Polícia de Guarda Fronteira vai continuar a formar os efectivos para melhor ocupar os espaços na fronteira que têm sido aproveitados pela imigração ilegal a que a corporação se propõe a dar um combate cerrado.
A Polícia de Guarda Fronteira controla 5.188 quilómetros de fronteira terrestre, sendo 201 com a República do Congo (Brazzaville), 2.511 com a República Democrática do Congo, 1.100 com a República da Zâmbia e 1.376 com a República da Namíbia.
Este órgão operativo do Comando-Geral da Polícia Nacional conta na província com uma unidade nacional, 20 sub-unidades, unidades provinciais e mais de 100 postos fronteiriços comuns.