As doenças causadas por mudanças do meio ambiente continuam a ser responsáveis por um número significativo de mortes no continente africano, considerou terça-feira, em Luanda, o director regional do Programa das Nações Unidas para África, Pierre Quiblier.
No âmbito da apresentação do tema "Análise de sistemas para a saúde e o ambiente nos países africanos", na reunião de peritos da segunda Conferência Interministerial sobre Saúde e Ambiente, referiu que os esforços feitos na área do ambiente, nos últimos anos, ainda são insuficientes. De acordo com o responsável, o fardo das doenças atribuíveis ao meio ambiente no continente africano é de cerca de 30 porcento, subindo para 36 em crianças menores de 14 anos de idade.
Diarreias, malária e infecções respiratórias são consideradas como as principais resultantes de problemas de saúde, prejudicadas pelos riscos ambientais em África. "Temos de desenvolver o sector económico para demonstrar que com este desenvolvimento faremos crescer o ambiente.
O valor económico pode evidenciar um desenvolvimento saudável e políticas salutar do sector económico, como agricultura, indústria e outros", disse. Sustentou a necessidade de as indústrias extractivas trabalharem em favor do ambiente para uma melhor qualidade de vida. As indústrias extractivas, na sua opinião, continuam a causar várias consequências à saúde e ao ambiente em África. "Todas as doenças causadas por mudanças no ambiente podem ser prevenidas.
Se tomarmos as decisões mais acertadas no sector podemos influenciar as decisões e contribuir melhor no desenvolvimento dos sectores", analisou. Para si, as estratégias de desenvolvimento do ambiente devem ter iniciativa significante e contribuir no desenvolvimento das metas do milénio.
O encontro dos peritos, que está a ser orientado pelo vice-ministro angolano do Ambiente, Syanga Abílio, termina quarta-feira. Quinta-feira decorre o encontro dos ministros africanos da Saúde e Ambiente. Os trabalhos decorrem no centro de Convenções de Talatona, em Luanda.