As drogas, ilícitas e lícitas (como o álcool) têm sido uma das grandes causas de surgimento de transtornos mentais que se tem vindo a assistir no Hospital Psiquiátrico afirmou hoje, em Luanda, o psicólogo clínico Nuno Pimpão.
Em declarações à Angop, Nuno Pimpão fez saber que das pessoas doentes que vêem ao hospital muitos derivaram do consumo de estupefacientes, porquanto pretenderam procurar o prazer e alívio nas suas preocupações ingerindo, inalando ou fumando estas substâncias nocivas.
Estas práticas, disse, em nada resolvem os problemas, porque no fundo os estupefacientes são muito mais prejudicais do que aquilo que as pessoas julgam benéficos.
"Por exemplo, o álcool, uma droga lícita, como tal ignorada por muitos, e que tem sido uma frequência de casos a acorrerem ao hospital, tem um poder destrutivo maior em relação as outras chamadas ilícitas, porque é de fácil acesso, não havendo nenhuma regulamentação que impeça ou limite a sua aquisição, com a excepção da existente para as crianças", apontou.
O psicólogo clínico sublinha que muitas pessoas( jovens dos 18 aos 45 anos) tem a falsa impressão de que o álcool é um estimulante, mas não o é, porque é um depressor de sistema nervoso.
"Na verdade, aqueles que usam as drogas, tal como cocaína, libanga, liamba e o álcool procuram uma vantagem, como a euforia e coragem. No entanto, o que vem depois do estado eufórico é a dependência e a apresentação de sintomas como os delírios", apontou.
Nuno Pimpão alerta que dado os efeitos que as drogas provocam no organismo humano, o melhor é não consumir. "Para os afectados pelas drogas melhorarem a sua condição, a família deve prestar o seu contributo, dando conselho e afecto, já que aliado à vontade do toxicodependente é possível sair-se deste mal", apontou.