O vice-presidente da República, Manuel Vicente, reconheceu ontem, que dois médicos por cada dez mil habitantes são manifestamente insuficientes, porquanto a contratação de especialistas estrangeiros tem garantido a assistência médica às populações.
Ao proceder à abertura da 62ª Sessão da OMS/Afro, Vicente, sublinhou que, por este facto, o Executivo angolano prevê implementar um plano nacional ambicioso de formação de quadros para o período 2013/2020 com o objectivo de ultrapassar tal insuficiência.
Contudo, sublinhou que foram alcançados resultados que demonstram alguns progressos no que se refere a esperança de vida, redução da mortalidade materna e infantil e ao controlo e prevenção do VIH/Sida e da poliomielite.
O vice-presidente da república, frisou, em 2010, foi lançada a campanha para acelerar a redução da mortalidade materna em África, na sequência do desafio da União Africana, e os angolanos foram mobilizados para a luta contra a morte da mulher parturiente.
Por seu turno, a directora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret chan, considerou que o impacto da actual crise financeira e do fardo prevalecente de doenças na região sublinha a importância crucial de se dispor de sistemas de saúde funcionais, capazes de providenciar serviços acessíveis e de qualidade de todos os níveis.
Na sua mensagem de boas-vindas destacou a necessidade da manutenção das conquistas alcançadas e de acelerar os progressos para a consecução dos Objectivos do Desenvolvimento do Milénio bem como para o desenvolvimento sustentável em geral da região africana.
O encontro, que decorre sob o lema "Liderança para uma melhor saúde", com duração de cinco dias, conta com a presença de 46 países membros.