Agrava-se o cenário de fome nos Gambos, província da Huíla. Segundo o padre Pio Wakussanga que trabalha na região, a situação piorou bastante. Actualmente os únicos recursos para a maioria têm sido frutos silvestres e raízes.
Situada a sul da província da Huíla, o município de Gambos possui mais de 150 mil Habitantes, a fome naquela região é resultado da estiagem de 2011, onde cerca 10 províncias foram afectadas, a tragedia teve maior incidência nas províncias da Huíla, Namibe e Cunene.
De acordo com o padre Pio Wakussanga, pró-Pároco da quase Paroquia de Nossa Senhora de Fátima dos Gambos, a falta de alimentos está a levar a população a se alimentar de raízes e frutos silvestres, uma alimentação que está a causar problemas de saúde aos mais pequenos.
O Padre pio afirmou por outro lado que algumas zonas mais afectadas pela estiagem possuem reservas de água feitas há muito tempo, mas que não tem sido utilizadas pelas autoridades, não se conhecendo ate então as razões.
Para os pró-Pároco, o País não está organizado para puder antecipar crises como a seca e fome. Na sua opinião falta por parte do executivo a implementação de facto, de um plano de contingência a nível nacional.
Segundo o padre, apesar das acções imediatas desenvolvidas pelo estado, a situação da fome continua critica, razão pela qual, a pró paroquia de nossa senhora de Fátima dos Gambos está a levar a cabo um programa denominado mão a mão, campanha contra a fome nos Gambos.
Uma vez que a região tem como actividade principal a pastorícia, o programa consiste na criação de lavras criadas pelas próprias comunidades, para o cultivo da mandioca, batata-doce, Ginguba e rama de Batata.
Para ajudar a minimizar a crise na região, a pró paróquia de nossa senhora de Fátima dos Gambos, está a levar a cabo um programa denominado mão a mão, campanha contra a fome nos Gambos.