O director do estabelecimento prisional de Viana, em Luanda, Correia Moço, foi suspenso na sequência do inquérito instaurado devido às imagens postas a circular recentemente nas redes sociais da internet, cujo conteúdo reporta um acto de punição a reclusos com contornos de violência gratuita.

Um comunicado de imprensa do Ministério do Interior refere que para além do director, foram também suspensos os chefes de segurança penal e da ordem interna, bem como oficiais e agentes prisionais.

Com efeito, as autoridades do Ministério do Interior encaminharam para a Procuradoria-Geral da República (PGR) o processo de inquérito para o devido procedimento criminal.

Sublinha ainda que "foi um acto isolado que não poderá pôr em causa a entrega e abnegação dos funcionários do Ministério do Interior que dia a dia trabalham para o seu engrandecimento".

Reitera, por outro lado, a disponibilidade da instituição para que actos similares e que envolvam funcionários afectos aos diferentes órgãos do Ministério do Interior sejam denunciados pelos canais apropriados.

No passado dia 14 de Setembro do ano de 2012, às 22 horas, segundo o documento do Minint, uma briga entre dois reclusos generalizou-se, tendo levado ao envolvimento de outros, transformando-se num motim, o que obrigou a intervenção das forças da ordem.

Adianta que no período da manhã, do dia 15 de Setembro de 2012, quando se procedia à investigação dos presumíveis intervenientes, ante um clima de elevada tensão, aliada a falta de tacto profissional, os agentes em serviço exacerbaram nas suas atribuições, tendo se registado, em consequência, o acto reportado nas aludidas imagens.

Face ao acima exposto, a nota refere que foram accionados os procedimentos internos, sendo que uma comissão de inquérito encarregue de averiguar o caso, constatou irregularidades que, pela sua gravidade, obrigaram a tomada de medidas urgentes pela Direcção do Ministério do Interior, nomeadamente a suspensão dos responsáveis do referido estabelecimento prisional.