Chuvas em Luanda deixa vias cortadas

Chuvas em Luanda deixa vias cortadas

A chuva provocou danos na via que liga o bairro São Pedro da Barra, no Sambizanga, à estrada de Luanda ao Cacuaco. Os buracos na via pioraram. Ontem as enxurradas causaram dificuldade ao trânsito de viaturas e peões.

O nível das águas impossibilitava os motoristas de distinguirem a dimensão dos buracos. O feriado do Carnaval foi útil para quem teve inundações nas casas. Ao longo da via, a nossa equipa de reportagem viu alguns moradores a retirarem água das casas e quintais. Um dos pontos mais críticos é o percurso que liga a esquadra da Polícia Nacional à Igreja de Santo André. Os moradores não podem passar de um lado para o outro.

O troço que liga a Igreja de Santo André à penitenciária, na estrada do Cacuaco, está entupido com lama e entulho. Três carros ficaram enterrados. Adriano Venâncio, motorista de um dos carros enterrados, disse ao Jornal de Angola que ficou atolado há uma da manhã e ainda não tinha encontrado solução para seguir viagem. Nem um camião conseguiu remover a viatura. Boaventura Sobrinho motorista de uma cisterna de combustível, também ficou enterrado no lamaçal na via que liga a estrada do Cacuaco ao bairro da Fortaleza de São Pedro da Barra. “Esta via está péssima há muito tempo”, disse, acrescentando que “as autoridades sabem da situação e nada resolvem”. Lembrou que é uma via importante para empresas estratégicas como a Refinaria de Luanda.

A estrada do Cacuaco está em obras. Junto a duas passagens de água os carros e peões passam com cuidado porque a lama substituiu a poeira e parte do piso ruiu. Ontem, por ser feriado, da cadeia central de Luanda à rotunda da Boavista a via estava livre, sem os engarrafamentos habituais, mas hoje a situação pode ser caótica. Por se tratar de um dia normal trabalho, a circulação de viaturas vai aumentar e, certamente, a dificuldade na circulação rodoviária vai ser maior.

A chuva de ontem demonstrou, uma vez mais que a capital angolana não está preparada para receber chuvas e se as autoridades administrativas locais não mandarem reparar os danos provocados pelas quedas pluviais, definitivamente a situação pode complicar-se naquela parcela do território.