A Liga de apoio à Reintegração dos Deficientes. As dificuldades, para as pessoas com deficiência segundo a organização começam no sector de ensino onde se regista a ausência de meios didácticos adaptados para pessoas nesta condição e nas infra-estruturas concebidas sem rampas.
Segundo Ivo de Jesus membro fundador da LARDEF, Liga de Apoio à Reintegração dos Deficientes a basta observar algumas infra-estruturas públicas para perceber os sinais evidentes de “marginalização” desta franja dos deficientes em Angola. Como exemplo aquele responsavél aponta a construção de infra-estruturas sociais sem o mínimo respeito às condições de acessibilidade para pessoas com nesta condição. As dificuldades, segundo afirmou, começam no sector de ensino onde se regista a ausência de meios didácticos adaptados para pessoas nesta condição. Ivo Jesus fala em falta de política inclusiva para pessoas com deficiência.
E a ANDA, Associação Nacional dos Deficientes de Angola na voz do seu presidente aponta como questões candentes e que devem mobilizar a sociedade a construção de infra-estruturas rodoviárias sem as rampas de acesso para pessoas com deficiência. Silva Lopes Etiambulo o Presidente da organização crítica os projectos concebidos por muitos arquitectos que se consubstanciam numa “barreiras arquitectónica” para as pessoas com deficiência, uma situação segundo contou, que se agrava cada vez mais no interior do país.
Para Ivo de Jesus o acesso das pessoas com deficiência à determinados locais não pode depender da boa vontade dos arquitectos, mas sim de uma política ditada pelo estado, defendendo mesmo uma maior intervenção do executivo na fiscalização dos projectos e das normas técnicas para construção de infra-estruturas.
Falando a Ecclesia, o Coordenador do Programa de Governação e Desenvolvimento Local da DW, Devolopment Workshop afirma que a carência de estruturas adequadas para as pessoas com deficiência concorre para sua discriminação.
Vários são os instrumentos jurídicos que existem a favor das pessoas com deficiência. Muitos dos diplomas reservam-se apenas ao direito de proteger os deficientes de Guerra, como é o caso da Lei 13\ 2002 de 15 de Outubro.
A ANDA tem estado a influenciar o executivo no sentido de se emendar esta lei, para torna-la mais inclusiva e abrangente.
Os meios de comunicação social desempenham um papel importante na divulgação dos problemas e dos méritos das pessoas com deficiência. Ivo de Jesus que também dirigiu durante largos anos a Federação das Associações de Pessoas com deficiência da Comunidade dos países de Língua Portuguesa, pensa que a media em Angola peca por defeito na abordagem dos assuntos ligados às pessoas com deficiência e precisa compreender a situação como um problema de direitos humanos.