A maioria dos angolanos que sofre de hipertensão arterial desconhece que tem a doença que se comporta de maneira silenciosa no organismo, o que contribui para o aumento de mortes prematuras por acidente vascular cerebral (AVC).
O especialista em medicina interna Artur Neto disse à Angop que a hipertensão tem aumentado no país, principalmente em Luanda, devido a muitos factores de risco como sedentarismo, maus hábitos alimentares, stress causado pelos engarrafamento de trânsito, uso abusivo do álcool e obesidade.
O médico recomendou como prevenção da doença a prática de exercícios físicos, o controlo regular da pressão arterial, principalmente depois dos 18 anos, e não abusar do café, do álcool e do sal.
As pessoas com problemas de hipertensão, referiu, devem cumprir rigorosamente os conselhos médicos, particularmente, no que diz respeito à alimentação.
Segundo o J.A As pessoas que ainda não contraíram a doença, alertou, devem prevenir-se com uma alimentação desprovida de todo o tipo de excessos, prática de exercícios físicos e medição, pelo menos duas vezes por semana, da tensão arterial.
"Queremos fazer dos hospitais, centros e postos de saúde, locais de combate à hipertensão para a população angolana, a de Luanda em particular, ter uma vida saudável e consequentemente diminuir o índice de doenças crónicas e aumentar a esperança de vida.
A hipertensão arterial, lembrou, é uma doença de natureza factorial, assintomática em grande parte dos casos, o que faz com que o doente não apresente queixas, mas que compromete progressivamente o equilíbrio dos sistemas dos vasos dilatadores e constritores.
Os dois sistemas, disse, são responsáveis pela acção dos vasos motores [músculos e articulações], cujo desequilíbrio provoca a redução da actividade que exercem.
A hipertensão é caracterizada pelo aumento dos níveis tencionais, de acordo com o que é recomendável para uma determinada faixa etária, e insere-se entre as doenças que mais mortes provocam no mundo.