Em declarações à imprensa, no final de um encontro, realizado à porta fechada numa das salas do Ministério das Relações Exteriores (MIREX), Elsa Luvualo, mãe do malogrado músico Action Nigga, admitiu que muitos dos parentes das vítimas não tinham uma ideia formada para discutirem o caso, por isso acharam por bem constituírem um único advogado para defender a causa das nove famílias.
“A Kenyon, companhia internacional de serviços de emergência em casos de acidentes aéreos, contratada pelas LAM para tratar do caso, apresentou-nos três sugestões, recebermos partes dos corpos identificados, mesmo não completos, recebermos informações de cada parte do corpo identificada e, finalmente, recebermos os restos mortais completos de uma só vez”, detalhou.
Elsa Luvualo revelou que vai solicitar a Kenyon que translade para o país os restos mortais do seu filho de uma só vez.
“De momento, o que mais me preocupa não é a indemnização mas sim os restos mortais do meu filho”, sublinhou.
No encontro, explicou, as famílias foram informadas sobre o processo de identificação das vítimas, através de DNA, que decorre em Portugal, cujo término dos trabalhos está previsto para os dias 19 ou 20 desse mês.
O representante da Kenyon, Stephen Gregory, manterá ainda encontros individuais com cada uma das nove famílias, para tratar de questões inerentes ao processo de indemnização, transladação dos restos mortais, entre outros assuntos.
O avião da companhia aérea moçambicana LAM, proveniente de Maputo, com destino a Luanda, despenhou-se dia 29 de Novembro de 2013, provocando a morte de 33 passageiros, dos quais nove angolanos.