A situação de saúde dos 15+1 jovens do auto-denominado movimento revolucionário detidos a 20 de Junho de 2015 agrava-se a cada dia que passa. Esta Segunda-feira completaram-se 8 dias desde que os detidos começaram com a greve de fome, como sinal de protesto pele situação precária a que estão submetidos.
Os dados foram avançados, pelos familiares e advogados dos 15+1 em conferência de imprensa.
Os 15 cidadãos foram detidos, segundo a Procuradoria-geral da República, por tentativa de promoção de acções que levariam a uma insurreição ou a uma situação em que a ordem e a tranquilidade pública seriam seriamente afectadas em Angola.
Segundo o vice-procurador-geral, Hélder Pita Grós, numa entrevista anterior à Televisão Pública de Angola, o objectivo dos detidos era a alteração do poder político, da situação dos órgãos de soberania existente em função dos resultados eleitorais, um exercício que envolveu a participação de todos.
“Eles queriam alterar o presente quadro, quer o Presidente da República, a Assembleia Nacional e, portanto, houve de facto a necessidade de intervenção para não permitir que houvesse uma insurreição na sociedade, uma situação que qualquer um de nós não saberia o que fazer, porquanto os estudantes não poderiam sair para irem às aulas, os trabalhadores para os seus serviços e todo o mundo seria afectado”, explicou.