O Serviço de Investigação Criminal (SIC) angolano rejeita a existência de "esquadrões da morte", elementos da polícia que percorrem Luanda com uma lista de alegados criminosos a abater, mas vai encaminhar o caso à Procuradoria-Geral da República.
Em causa está a denúncia do jornalista angolano Rafael Marques que, através do portal de investigação "Maka Angola", tem divulgado alegados casos desta prática extrajudicial e que já terá provocado mais de 90 mortos, os últimos dos quais ainda este mês. O director provincial de Luanda do SIC, Amaro Neto, anunciou esta segunda-feira:
"Os esquadrões de morte, em Angola, nunca existiram. Portanto, nós também tivemos acesso a esta informação, dizer aqui que vamos solicitar junto da Procuradoria para que essas pessoas venham aos autos e dêem a informação em concreto, de forma a facilitar todos esses processos que ainda estão pendentes".
Através do portal Maka Angola, o jornalista Rafael Marques tem revelado, individualmente, vários casos suspeitos nesta investigação, com testemunhos e identificação das vítimas, que o levam a garantir a existência destes alegados "esquadrões da morte".
Por outro lado…O director dos Serviços de Investigação Criminal em Luanda, revelou que os supostos assassinos de Beatriz Fernandes e Jomance Muxito, são procurados em alguns países de África, por tráfico de drogas e assassinatos.
Em entrevista exclusiva a Emissora Católica de Angola, o sub-comissário Amaro Neto, adiantou que muitos estrangeiros procurados pela justiça de outros países do continente são apanhados em território angolano.
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